A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente em nossas vidas, oferecendo soluções inovadoras para desafios cotidianos e profissionais. Inclusive, ela já é uma das tendências tecnológicas estratégicas para 2025, ao lado de agentes de IA autônomos e plataformas de governança ética, de acordo com um estudo recente da Gartner.
Para Raphael Santos Marques, cofundador da Tech do Bem, a chave está em usar essa tecnologia emergente para potencializar o trabalho humano, sem nunca deixar de lado a capacidade de pensar de forma única e criativa. Para isso, ele compartilha cinco passos essenciais para transformar a IA na aliada ideal. Veja:
1. Não a use como substituta para o trabalho. “Devemos ter muito cuidado com essa armadilha de terceirização da criatividade para a IA. Isso é um erro e pode custar caro. Não devemos substituir nossas capacidades cognitivas ou mesmo o nosso processo criativo e deixar a inteligência artificial assumir o controle. A IA pode nos ajudar a acelerar o trabalho, mas a verdadeira criatividade vem da nossa capacidade de enxergar sentimentos (e se conectar assim com outros) que são humanos demais para uma máquina entender”, começa.
2. Pratique a “leitura lateral”. “Desenvolva o hábito de verificar as respostas da IA através de múltiplas fontes. Isso não só garante a precisão das informações, mas também fortalece seu pensamento crítico e capacidade de pesquisa. A IA aqui é mais uma fonte, não a fonte absoluta”, aponta.
3. Preste atenção na privacidade e segurança de dados. “A privacidade e a segurança dos dados são pontos que não podem ser negligenciados ao usar a IA. Muitas ferramentas de IA lidam com dados sensíveis, e, sem uma abordagem cuidadosa, podemos expor informações que comprometam nossa privacidade. Por isso, é preciso ter uma postura consciente e adotar boas práticas de proteção dos dados”, lembra.
4. Treine uma IA com as suas próprias anotações. “Existem diversas ferramentas de IA que podem transformar a forma como trabalhamos e estudamos. Hoje, muitas IAs já podem ser treinadas com as nossas próprias anotações, textos, artigos, montando assim nossa própria base de conhecimento e, por fim, tiramos proveito ‘conversando’ com elas. Isso torna a aprendizagem e a gestão de informação muito mais lúdica e engajadora”, ensina.
5. Evite a dependência. “Combine o uso da IA com outros métodos, principalmente em se tratando de aprendizagem. Por exemplo, dedique um tempo para leitura e reflexão sem auxílio tecnológico, e depois use a IA para expandir seus insights e conectar algumas ideias. Experimentar e abordar a IA de forma equilibrada mantém suas habilidades cognitivas afiadas enquanto aproveita os benefícios da tecnologia”, finaliza.
“A inteligência artificial veio para ficar. Logo, o uso saudável da IA é como estabelecer limites para o uso do celular: precisamos saber onde ela agrega valor e onde pode prejudicar”, conclui Raphael Marques.
