56% dos brasileiros não ficam longe do smartphone por mais de 1 hora

Os smartphones praticamente se tornaram uma extensão do corpo humano. Sair de casa sem o celular é algo desesperador. A Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo – buscou identificar os “Hábitos Mobile – 2022”, com mais de 2 mil brasileiros usuários de smartphones em Novembro, com comparativos aos dados de 2020.

O acesso dos brasileiros ao seu celular é constante e acontece durante todo o dia para 54% dos brasileiros. Já 33% acessam a noite; 6% à tarde e pela manhã, cada; e 1% durante a madrugada. A Hibou ainda identificou que 72% usam seus aparelhos atuais desde 2020, sendo que 5% não trocaram os modelos há mais de cinco anos. As 5 marcas mais populares são Samsung (43%); Apple (20%); Motorola (17%); Xiaomi (9,8%) e LG (6,5%).

“Seja para fazer compras, se localizar, ver filmes e séries ou checar o status de um voo, o smartphone é a extensão do corpo do brasileiro. A democratização do acesso aos aparelhos e à internet móvel possibilita aos usuários rápido acesso a informações diversas e maior interação via redes sociais ou aplicativos de mensagens”, explica Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Aplicativos mais acessados pelos brasileiros

As redes sociais são campeãs quando o assunto são as atividades mais realizadas com o celular, no topo do ranking, para 89% dos brasileiros. Por outro lado, o consumo e o mercado financeiro também ganharam seus espaços: 62% fazem uso de apps de bancos; 45% compram e pedem delivery (comida, mercado); 41% fazem compras para si mesmos (roupas, acessórios); 33% compram itens para casa (eletro/eletrônicos, UD).

As ligações na função “telefone” são utilizadas por 48%; 49% checam seus e-mails; e os mapas e a meteorologia em tempo real são ferramentas muito usadas por 43%. Uma substituição comum também tem sido do cartão bancário. Em 2022, 27% já fazem seus pagamentos em lojas por meio de wallet virtual, apenas encostando o celular autorizado nas máquinas.

Serviços de streamings, vídeos e games também despontaram com a mudança de hábito e maior uso dos smartphones. 44% ouvem música; 25% assistem séries e filmes; 21% se divertem com os games; 17% ouvem podcast e 14% fazem videoconferência.

Além disso, os smartphones roubam a cena com suas inúmeras funcionalidades e aplicativos, por exemplo, 62% dos brasileiros trocaram seus relógios de cabeceira pelo despertador do celular. E, em um cenário esperado, 55% da população deixou as câmeras fotográficas no passado e só fazem fotos e vídeos com seus aparelhos celulares.

O aplicativo que o brasileiro não vive sem….

Todos os entrevistados afirmaram usar o WhatsApp. Com grande alcance geográfico, a internet possibilita comunicação ágil e o app tornou-se um canal para manter contato na vida pessoal e profissional. 78% trocam mensagens com amigos/família e 51% utilizam para mensagens de ou para o trabalho.

Na hora de escolher entre digitar e falar, o brasileiro prioriza mensagens de texto dentro do app (91%). Já 63% utilizam para enviar fotos; 61% áudios; 47%, arquivos; 34%, videochamada.

Marcas e anunciantes, atenção!

O smartphone é também um meio pelo qual as pessoas são impactadas por diferentes conteúdos publicitários. Para atrair a atenção dos consumidores, há formatos diversos disponíveis e cada vez mais atraentes. Entre os brasileiros, 40% gostam de receber informações por meio de vídeos em geral; já 30% preferem imagens com texto; 19% curtem os vídeos de até 2 minutos; 4% preferem apenas imagens; 5%, via podcasts e apenas 1% por textos.

Conteúdo importa, sim!

Os cinco temas que mais despertam o interesse dos brasileiros são: saúde (49%); gastronomia (44%); alimentos e bebidas (38%); beleza (38%), moda (36%); Cinema e TV (36%). Em contrapartida, os brasileiros não querem ser impactados com assuntos relacionados à habitação (10%); política e religião (7%); transporte e mobilidade (6%); carros e games (7%, cada).

Anúncios ou posts promocionais são bem recebidos por 51% da população que faz cliques por diferentes motivos. Já 66% deles acessam por terem curiosidade sobre o assunto; 58% são atraídos por promoções; 33% por conhecerem a marca; 19% ao visualizarem uma imagem inspiradora, e 1% para ajudar os canais.

Estes anúncios provavelmente receberão mais cliques se forem recebidos via redes sociais (81%). Resultados de sites de busca como Google (13%); YouTube (4%) e 3% em sites ou portais de conteúdo também são considerados pelos usuários.

Entre os 49% que não clicam em anúncios, 31% justificaram por dificilmente ser um assunto de interesse; 23% acreditam que a maioria é propaganda enganosa; 22% consideram perda de tempo; 13% concordam que é mais do mesmo; 9% devido ao dinheiro disponível e por não poderem comprar na hora; e 2% acabam recebendo anúncios de algo que já foi comprado.

“Por haver um grande número de pessoas usando os smartphones para checar as redes sociais, os anúncios também tendem a ser bem recebidos por estes canais. Além disso, marcas anunciantes atentas a formatos, jornada e histórico do consumidor e curadoria de temas de maior interesse, podem ter uma ótima estratégia de retenção de público ou consumidores na palma da mão”, observa Lígia.

Comparativo 2022 versus 2020

Os hábitos cotidianos do brasileiro no celular mudaram e seu uso é uma realidade. “Há diferentes perfis utilizando as milhares de soluções apresentadas pelos smartphones, mas a depender do período, os comportamentos mudam. É possível observar algumas alterações e costumes na pesquisa, como a forma como preferem ser impactados ou opções de uso do aparelho”, explica Ligia.

Em 2020, 83% dos entrevistados usavam o smartphone para acessarem as redes sociais, atualmente o número caiu para 76%. Ficar no celular e “perder a noção do tempo” aumentou de 60%, em 2020, para 65%, em 2022. E ficar longe do celular? Com o fim da pandemia, o número caiu para 56% em relação a 2020, em que tínhamos 79% dos brasileiros que não conseguiam ficar sem o celular por mais de 1 hora.

Ranking das marcas

Durante a pandemia, em 2020, serviços como Uber Delivery, o antigo Uber Eats, foram mais utilizados, principalmente, pelo isolamento social, para entregas de objetos ou até mesmo para compras. Já Ifood e Rappi se mantêm com pouca diferenciação.

  • IFood 67,9% (2022) | 59,2% (2020)
  • Rappi 7,8% (2022) | 8,8% (2020)
  • Uber 3,3% (2022) | 16,3% (2020)

Em relação aos serviços financeiros, os brasileiros aumentaram o uso em 2022 em sua maioria.

  • Nubank 17,9% (2022) | 12,8% (2020)
  • Itaú 17,5% (2022) | 17,2% (2020)
  • Banco do Brasil 11,2% (2022) | 12,30% (2020)

Os games vieram pra ficar. O comparativo aponta poucas mudanças, o que demonstra a aderência de jogos no dia a dia do brasileiro, especialmente o queridinho Candy Crush.

  • Candy Crush 19,6% (2022) | 19,1% (2020)
  • Paciência 5,3% (2022) | 3,7% (2020)
  • Pokemón Go 2,8% (2022) | 2,3% (2020)

As redes sociais, que sim, são a grande paixão dos brasileiros, se mantiveram nestes dois anos relativamente estabilizadas, bem como os serviços de streaming de música.

  • Instagram 40,5% (2022) | 36,3% (2020)
  • Facebook 30% (2022) | 37,5% (2020)
  • WhatsApp 17,3% (2022) | 17% (2020)
  • Spotify 47,6% (2022) | 45,5% (2020)
  • YouTube 31,4% (2022) | 33,2% (2020)
  • Deezer 7,9% (2022) | 8,7% (2020)

E o futuro do celular?

Quando questionados sobre os próximos anos da presença do celular na vida das pessoas, 69% concordam que estará presente no dia a dia por muito tempo e 9% acreditam em uma vida média e que nos próximos 5 anos outros itens deverão substituí-los. Para 63%, a tendência é que os smartphones estejam cada vez mais integrados aos devices domésticos, aumentando o número de casas inteligentes.

60% avaliam que os aparelhos terão mais autonomia (bateria que dura mais tempo). E, enquanto 25% acreditam que as telas serão maiores, 12% pensam que haverá minimização dos smartphones e eles serão substituídos por outros equipamentos como relógios, óculos e afins.

Metodologia

A pesquisa “Hábitos Mobile 2022” foi conduzida pela Hibou em Novembro de 2022, por painel digital. Dois mil brasileiros maiores de 18 anos, usuários de smartphones participaram do estudo. O estudo apresenta 2,1% de margem de erro.


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