A estreia de “Superman”, dirigida e roteirizada por James Gunn, vai muito além de mais um blockbuster de super-herói. Com estreia marcada para 11 de julho de 2025, o filme não é apenas a primeira grande produção da nova fase do DC Studios, mas também um divisor de águas para o futuro da franquia. A responsabilidade é enorme: ou ele acerta, ou coloca em xeque toda a estratégia da DC para os próximos anos.
E tudo isso foi destacado na nova prévia dos bastidores revelada em 18 de abril, dia em que se comemora o Superman Day, marcando os 87 anos da primeira aparição do herói em Action Comics #1. A data não poderia ser mais simbólica para apresentar o novo Homem de Aço que promete devolver esperança — dentro e fora das telas.
Um novo começo para a DC: por que este filme é tão importante?
Após anos de altos e baixos no cinema, a DC Studios, agora sob a liderança de James Gunn e Peter Safran, decidiu recomeçar do zero. Essa “fase 1” do universo compartilhado — batizada por Gunn de Gods and Monsters — terá em Superman seu verdadeiro ponto de partida.
Ao contrário dos filmes anteriores da DC, que muitas vezes mergulharam em tons sombrios e narrativas densas (como em O Homem de Aço ou Batman vs Superman), o novo Superman apostará na luz, no otimismo e na bondade como pilares centrais. Como define a atriz Rachel Brosnahan (Lois Lane): “Ele salva as pessoas porque é o certo a se fazer. E a gente precisa de mais disso hoje em dia”.
Coração, ação e uma pitada de humor
O material dos bastidores trouxe não só declarações inspiradoras do elenco e equipe, mas também cenas inéditas e detalhes técnicos. Entre os destaques:
- O momento em que Krypto, o Supercão, resgata Clark Kent na neve — uma prévia da sequência exibida na CinemaCon.
- Vislumbres da Fortaleza da Solidão e do novo Daily Planet, com efeitos práticos que resgatam o charme dos cenários reais.
- O novo uniforme com cueca por cima da calça, que gerou piada nos bastidores com Nicholas Hoult, intérprete do novo Lex Luthor.
- A introdução de heróis menos conhecidos, como Mulher-Gavião (Isabela Merced), Metamorfo (Anthony Carrigan) e Senhor Incrível (Edi Gathegi) — mostrando que o filme pretende ampliar o universo DC desde o início.

James Gunn, conhecido por revitalizar personagens improváveis da Marvel com Guardiões da Galáxia, agora tenta encontrar o equilíbrio entre o épico, o cômico e o humano em um personagem que muitos consideram “difícil de escrever”.
Do mito ao homem: o Superman de Corenswet
No papel principal está David Corenswet, ator conhecido por séries como Hollywood e pelo próximo Twisters. Seu Superman promete equilibrar a dualidade entre o poder quase divino e a simplicidade do jornalista de Metrópolis.
“Esse personagem é nobre e bonito”, resume Gunn, destacando que levou anos para encontrar uma abordagem que realmente tocasse o coração da história. Segundo ele, o novo Superman é movido por empatia, não por trauma — um contraste direto com versões anteriores do personagem.
Um novo universo em construção
Se o filme funcionar, ele abrirá caminho para outras produções do novo universo DC, já anunciadas para os próximos anos:
- Supergirl: Woman of Tomorrow
- Clayface/Cara-de-Barro
- A série Lanterns, focada nos Lanternas Verdes
Esses títulos já estão em pré-produção e dependem do sucesso inicial de Superman para manter a nova engrenagem funcionando.
Com direção autoral, elenco afiado e um claro desejo de reconectar o público com o espírito original dos quadrinhos, Superman pode ser não só o ponto de virada da DC, mas também um novo fôlego para o gênero de super-heróis, que começa a dar sinais de desgaste nas bilheterias nos últimos anos.
Se Gunn conseguir repetir o feito que teve com personagens desacreditados na Marvel, a DC finalmente poderá deixar a sombra do MCU e criar sua própria identidade cinematográfica consistente.
Superman estreia nos cinemas em 11 de julho. Será que o herói mais clássico de todos voltará a voar mais alto do que nunca?