A Lenovo anunciou a ampliação de sua operação no Brasil com a fabricação local de novos modelos de storage e workstations. Com produção concentrada na planta de Indaiatuba (SP), o movimento reforça a estratégia da companhia de acelerar a transformação digital no país, reduzir prazos logísticos, otimizar custos e ampliar a competitividade em infraestrutura corporativa.
A fábrica de 32 mil m², que já concentra linhas de PCs, servidores, serviços e um laboratório de P&D, agora recebe a produção de equipamentos que respondem ao crescente mercado de TI corporativa. O setor global de storage, avaliado em US$ 127,6 bilhões em 2023, deve chegar a US$ 159,5 bilhões até 2028, enquanto o mercado mundial de workstations pode ultrapassar US$ 100 bilhões até 2030 — tendências também refletidas no Brasil.
Segundo Erick Pascoalato, General Manager de Lenovo ISG Brasil, a produção local fortalece o ecossistema de tecnologia no país ao criar mais eficiência, competitividade e agilidade: “Essa iniciativa amplia nossa presença no Brasil e acelera o desenvolvimento de competências nacionais. Nosso portfólio está cada vez mais integrado para atender clientes de forma inteligente, escalável e sustentável.”

Storage local com foco em performance e expansão
A nova linha de storage, com operação prevista para iniciar em dezembro, recebeu investimento significativo e será 100% produzida com insumos adquiridos no mercado nacional. O objetivo da Lenovo é crescer dois dígitos nos próximos dois anos e consolidar liderança no segmento até 2027.
O primeiro modelo produzido localmente é o Storage DE Series, referência latino-americana em soluções de entrada. Ele atende desde cargas críticas a aplicações de backup e streaming, trazendo até três vezes mais performance em relação à geração anterior e suporte de sete anos.

Para Marcos Café, Diretor de Soluções de Data Storage para a América Latina, a linha é também uma opção estratégica para PMEs: “É possível começar com um modelo básico e escalar para versões mais robustas, acompanhando o crescimento das empresas.”

Workstations para IA, engenharia e criação profissional
Seguindo o avanço da demanda global, a Lenovo também passa a fabricar localmente novas workstations voltadas a atividades de alto desempenho, como arquitetura, engenharia, manufatura, mídia e entretenimento, além de aplicações de IA.

Com GPUs NVIDIA e configurações totalmente customizáveis — incluindo processador, memória, armazenamento e placas gráficas homologadas por ISVs — os modelos atendem desde profissionais independentes até grandes corporações.

“Nosso cliente pode ser um designer freelancer ou uma multinacional. As máquinas são adaptadas para qualquer demanda profissional”, afirma Daniel Bittencourt, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Lenovo.
PGX: workstation criada para treinar e ajustar IA localmente
Além da fabricação nacional, a Lenovo também lançou a workstation PGX, projetada para treinar, ajustar e implementar modelos de IA diretamente na mesa do usuário — sem depender da nuvem.

Compacta, silenciosa e de alta performance, a PGX permite experimentação rápida, maior segurança de dados e redução de custos associados ao uso de servidores remotos.

A solução busca transformar a forma como empresas desenvolvem IA, permitindo que profissionais realizem todo o processo localmente, com mais controle e menor tempo de espera.
Brasil como polo estratégico
Com a produção nacional de storages, workstations e a chegada da PGX, a Lenovo reforça o Brasil como um núcleo estratégico global. O movimento combina tecnologia avançada, eficiência logística e fortalecimento da indústria local, impulsionando a inovação e a digitalização de empresas de todos os portes.

