Laila Martins, CEO do Saber em Rede
O início de um novo ano é um período de renovação, principalmente no sentido de estabelecer metas financeiras. Por isso, criar um bom planejamento nesse sentido é uma das prioridades de quase qualquer pessoa. E para alcançar esse objetivo, há uma questão fundamental que não pode ser deixada de lado: o empoderamento financeiro, que é o processo de adquirir conhecimento, habilidades e confiança para tomar decisões seguras sobre as finanças pessoais.
Há muitas formas de atingir esse nível de autonomia, principalmente dependendo da profissão de cada pessoa. Um desses caminhos é a captação de alunos para Instituições de Ensino Superior (IES).
Como isso acontece na prática
Captar alunos para as IES é uma estratégia para gerar receita por meio de programas de recompensas. Nesse modelo, os chamados embaixadores, geralmente estudantes da própria instituição ou ex-alunos – atuam como promotores, divulgando cursos e atraindo novas matrículas. Em troca, eles podem ser recompensados de diversas maneiras – financeiramente é uma delas.
Um dos destaques do formato é a sua flexibilidade. As empresas – principalmente startups de educação – que ajudam as IES a implementar a modalidade, normalmente apostam em plataformas digitais intuitivas e integradas, permitindo que os parceiros associados atuem sem comprometer outras atividades ou trabalhos.
Inclusive, a tecnologia também funciona como uma aliada para capacitar os embaixadores com habilidades como comunicação, networking e negociação. Muitas startups criam comunidades no WhatsApp que oferecem highlights do mercado, peças de comunicação e até treinamentos remotos para vendas, potencializando a performance dos usuários.
Cadeia de vantagens
Apesar do empoderamento financeiro ser algo pessoal, não podemos deixar de reforçar que a captação de alunos para IES não melhora apenas as finanças dos embaixadores; há benefícios para todos os envolvidos.
Do lado das instituições, isso acontece por haver uma redução de custos com ações de marketing, já que os parceiros levam suas marcas para mais pessoas de forma orgânica e segmentada. Ou seja, junto do aumento da geração de matrículas, as IES conseguem fortalecer suas reputações por meio de recomendações confiáveis, melhorando cada vez mais o fluxo de caixa.
Já do lado dos novos alunos, os embaixadores não só facilitam o acesso a formações de qualidade, como também prestam uma assistência individualizada no momento de se matricularem. Com processos automatizados e baseados em análises de dados, a experiência do candidato é enriquecida com recursos interativos, intuitivos e acessíveis, como chatbots ou simuladores.
Tanto pessoas que querem iniciar uma jornada de empoderamento financeiro captando alunos para IES quanto as próprias instituições podem dar alguns passos comuns para abraçarem a modalidade. A começar pela própria gestão financeira.
Levantar gastos e receitas, com plataformas digitais que ajudam a registrar todas as transações, é um exemplo disso. Ou ainda identificar campos em que há possibilidade de economizar, definindo metas claras e realistas, como quitar dívidas ou realizar novos investimentos a longo prazo.
As IES também podem facilitar esse processo de empoderamento financeiro com a adoção de ferramentas que processem as matrículas e emitam os pagamentos para os embaixadores com agilidade, assim como motivar esses parceiros regularmente com iniciativas de engajamento e garantir que eles estejam alinhados com os objetivos da instituição.
Seguindo esses passos, tanto indivíduos quanto empresas já têm um bom ponto de partida para alcançar um crescimento sustentável em 2025. E, para melhorar, ainda contribuírem com o setor de educação e a economia brasileira.
*Laila Martins, CEO e fundador do Saber em Rede – edtech de captação de alunos para instituições de ensino