O isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus fez com que muitos profissionais tivessem que trabalhar exclusivamente de casa. Segundo dados da empresa de pesquisa Hibou e da plataforma de dados Índico, com 2.400 entrevistados em todo o País, 60% dos brasileiros estão trabalhando em home office no momento, dos quais 40% estão usando ferramentas de videoconferência e redes sociais para isso. Para profissionais de áreas administrativas, de comunicação e gerenciais, a adaptação para o esquema Home Office foi mais fácil, porém para trabalhadores que tem contato presencial e constante com clientes e o público, como personal trainers, psicólogos, instrutores de academia, entre outros, trabalhar de casa tornou-se um desafio.
Essa nova realidade fez com que muitos trabalhadores se reinventassem profissionalmente pela internet, realizando lives e vídeos em suas redes sociais e utilizando aplicativos de videoconferência para manter seus negócios ativos, demonstrando que inovação e criatividade são fortes aliadas.
“A tecnologia de redes, responsável pela internet, é a interconexão física ou sem fio que vincula vários dispositivos de informática (servidores, computadores, celulares, entre outros) para que se comuniquem entre si, com a finalidade de compartilhar dados e oferecer serviços. É graças a essa tecnologia e a seus equipamentos, que vão desde os mais complexos, como redes de fibra ótica, aos mais simples e presentes no nosso dia a dia, como roteadores, que nos conectamos à Internet e conseguimos realizar lives, videochamadas e conversar com clientes utilizando aplicativos como o Zoom, Google Meet, Microsoft Teams, entre outros”, explica Amilcar Scheffer, Diretor da Unidade de Redes da Intelbras, indústria brasileira desenvolvedora de tecnologias.
Patrícia Totaro, referência internacional em Arquitetura e Design de Academias, também se reinventou utilizando a internet. Desde o início do ano, a arquiteta está realizando lives e postagens no seu Instagram. “Percebi que, devido à pandemia, a realidade do mercado mudou e que o meu approach deveria mudar também, focando mais no acolhimento dos profissionais e dando informações relevantes sobre o mercado. Lancei, no início do ano, um serviço de mentoria individual para donos de academia. Com o isolamento social, transformei a mentoria em um produto gratuito, pois entendi que, no momento, o mercado está em crise e que esta é uma forma de ajudar”, afirma Patrícia.
“Também estou realizando lives com dicas de como os proprietários de academias podem reformá-las de forma eficaz e econômica nesse momento em que elas estão fechadas. As lives constantes têm dado uma grande visibilidade nas redes sociais e fez com que o mercado, meus colegas de profissão e clientes percebessem que podem contar comigo. Quando a pandemia acabar, tenho certeza de que essa visibilidade resultará em mais projetos e negócios, apesar de não ser esse o objetivo inicial”, afirma a arquiteta.
A tecnologia de redes também está auxiliando profissionais da educação a se manterem ativos. Segundo estimativa do coordenador de desenvolvimento humano do Banco Mundial para o Brasil, Pablo Acosta, cerca de 47 milhões de alunos estão sem aulas presenciais desde o fechamento das instituições para conter a propagação do novo coronavírus no País. Diante dessa realidade, as secretarias de educação municipais e estaduais autorizaram aulas online para a rede a rede pública e privada de ensino.
Segundo Paula Serodio, professora de inglês na rede municipal de São José (SC), a tecnologia tornou-se o único meio para garantir o ensino para seus alunos. “As diversas ferramentas que a tecnologia apresenta abrem um enorme leque para trabalharmos, no entanto o desafio é grande, pois o processo de ensino-aprendizagem exige muito do envolvimento e proximidade entre professor e aluno. Eu e muitos professores nos vimos, nos últimos dias, pesquisando, fazendo cursos on-line e assistindo diversos tutoriais para nos replanejarmos e continuarmos desenvolvendo e proporcionando um ensino de qualidade”, explica Paula.
“Tive que me adequar à nova rotina. Deixar a timidez de lado e me acostumar com as câmeras, aprender a editar vídeos e melhorar habilidades digitais que já possuía. Tenho dois filhos, um de quatro e outro de nove anos, ambos tendo aulas virtuais em casa, as quais precisam do nosso auxílio além das atividades extras. Apesar dos desafios, tenho certeza de que iremos nos reinventar para alcançar nossos alunos e levar até eles o nosso melhor”, complementa a professora.
Desde o início do isolamento social, houve 40% no aumento do consumo de internet banda larga registrado pelas operadoras de telefonia no Brasil. Essa situação vem se repetindo no mês de abril. Esse consumo é, em parte, devido à alta demanda do uso das redes sociais e a utilização de vídeos, lives, stories, etc., pelos usuários. Segundo o próprio Instagram, houve um aumento de 70% no número de transmissões ao vivo na plataforma no mês de março. Este crescimento também foi encontrado na audiência dessas transmissões, que tiveram um aumento de 50% no País.
“Esses números demonstram que a tecnologia de redes é fundamental para todos, principalmente em tempos de pandemia. Também é um indício de que as lives fazem, sim, sucesso com o público. Portanto, os profissionais que souberem utilizar a tecnologia e a criatividade a seu favor terão grandes chances de se manter ativos profissionalmente durante a pandemia e sair dela ainda mais fortalecidos em seu ramo de atuação”, conclui Scheffer da Intelbras.
Fonte: Intelbras
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