Por Davi Lopes
A rápida expansão do setor criou uma alta demanda por profissionais qualificados que possam desenvolver, construir, operar e manter essas infraestruturas complexas. Infelizmente, a oferta de pessoas qualificadas com a experiência necessária tem tido dificuldades para acompanhar esse ritmo. Como resultado, o mercado está enfrentando uma escassez de profissionais, o que prejudica a capacidade de atender às crescentes demandas de processamento e armazenamento de dados.
Um relatório do Uptime Institute indica que, até 2025, pelo menos 2,3 milhões de funcionários em tempo integral serão necessários para manter os data centers operacionais em todo o mundo, com a demanda proveniente, principalmente, dos gigantes da internet e dos provedores de colocation na Ásia-Pacífico, no Oriente Médio e na África.
Para enfrentar essas escassez de talentos, os líderes do setor devem trabalhar para melhorar o recrutamento, aprimorar o treinamento e aumentar a conscientização sobre as oportunidades. As estratégias tradicionais de contratação e orientação devem ser substituídas por novas abordagens que aproveitem as últimas tendências de transformação digital e inovação. Abaixo, estão três maneiras para preencher a lacuna de talentos nos data centers.
A economia GIG, caracterizada por contratos de curto prazo ou trabalho freelance, está ganhando popularidade rapidamente em todo o mundo. Na Índia, por exemplo, um estudo recente, realizado pelo think tank de políticas públicas NITI Aayog sobre a “Economia de plataforma e GIG em expansão na Índia”, indica que a força de trabalho GIG do país deverá crescer para 23,5 milhões de trabalhadores até 2030.
As empresas de data centers têm a oportunidade de aproveitar o crescente grupo de GIG workers qualificados para acessar uma variedade de profissionais adaptáveis e avançar rapidamente nos projetos sem a necessidade de procedimentos de recrutamento demorados. Além disso, os GIG workers podem ser contratados em curto prazo para realizar tarefas não essenciais ou para gerenciar grandes demandas. Essa flexibilidade permite que as empresas permaneçam ágeis e responsivas às necessidades comerciais em constante mudança, além de ajudar a controlar os custos.
O mercado exige uma variedade diversificada de habilidades além de conhecimento técnico. Indivíduos com formação em certas áreas, como gerenciamento de projetos, logística, atendimento ao cliente e até mesmo artes, podem possuir habilidades transferíveis que são altamente aplicáveis às operações dos data centers. Ao explorar esse banco de talentos, os líderes podem acessar uma linha mais ampla de profissionais adaptáveis para os projetos de forma ágil.
Em muitos casos, os trabalhadores não tradicionais podem ter habilidades exclusivas que revelam um potencial oculto, mesmo que não sejam imediatamente aparentes. Os tomadores de decisões podem fazer alterações nos requisitos das descrições de cargos para criar um banco de talentos tecnológico, mais inclusivo e diversificado. Ao fazer isso, eles promovem uma força de trabalho diversificada e dinâmica, trazendo novas perspectivas e soluções inovadoras para o setor. A oferta de programas de treinamento e certificações que preencham a lacuna entre os talentos não tradicionais e os requisitos dos data centers pode ajudar essas pessoas a adquirir as habilidades necessárias para o sucesso no campo.
Para apoiar a próxima geração de talentos no setor, os líderes desempanham um papel importante ao inspirar os jovens a considerar uma carreira em tecnologia. Isso pode ser feito por meio de estágios ou programas relacionados a STEM (science, technology, engineering and mathematics).
A mentoria pode ajudar a apoiar o crescimento profissional contínuo de funcionários seniores e juniores. Ao unir profissionais experientes com aqueles que estão apenas começando suas carreiras, os programas de mentoria podem ajudar a desenvolver habilidades e fornecer orientação para ajudar a preencher a lacuna de habilidades.
A escassez de talentos nos data centers é um problema sério, mas não é insuperável. Ao tomar medidas para criar uma força de trabalho mais diversificada e inclusiva, o setor prosperará, se desenvolverá e aproveitará o potencial da digitalização.
*Por Davi Lopes, Diretor de Distribuição e Divisão de Secure Power da Schneider Electric
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