Atendimentos remotos em TI aumentam 166% no 1º semestre, revela levantamento

Com a retomada geral das atividades econômicas em 2022, as empresas brasileiras de variados setores estão sentindo a necessidade de um suporte técnico rápido na área de TI com o objetivo de anular os riscos da operação parar completamente. Até por conta disso, o número de chamados remotos para a realização da manutenção em equipamentos como computadores, notebooks e infraestrutura de operação nas corporações aumentou em 166% no 1º semestre, comparado ao mesmo período de 2021. Os dados foram coletados pela FindUP, startup especializada em suporte de TI, com base na quantidade de solicitações realizadas por 142 companhias brasileiras no período, distribuídas nos segmentos financeiro, tecnologia, varejo, alimentos, entre outros.

Gráfico destaca os setores que realizaram as maiores quantidades de solicitações (Arte: FindUP)

O estudo também revela ainda que a diferença entre o número de atendimentos remotos em TI foi 66,67% superior em relação aos chamados presenciais. “Com a volta acelerada às atividades presenciais, novos equipamentos foram instalados nos locais de trabalho, além de que os dispositivos foram mais sobrecarregados e, isso, trouxe uma maior necessidade de manutenção. Com o advento da Transformação Digital, bastante impulsionada pela pandemia, os gestores passaram a optar pelos chamados à distância pela praticidade e rapidez na solução do problema”, revela Fábio Freire, CEO da FindUP.

Setor bancário lidera chamados

Responsável por 52,70% das solicitações por técnicos de TI ao longo do semestre, o setor bancário lidera com folga a demanda por esse tipo de serviço. “Ao longo destes dois anos de pandemia, novos serviços foram disponibilizados pelas instituições financeiras. Isso fez com que eles passassem a investir em soluções para diminuir as instabilidades no sistema”, comenta o empreendedor. “Nos últimos meses, só em situações excepcionais que os técnicos acabam se deslocando até o local”, complementa.

O estudo da FindUP aponta ainda que a área de tecnologia foi responsável por 18,94% da quantidade total dos chamados realizados entre janeiro e junho deste ano. Segundo Freire, os números são impulsionados pela alta demanda das empresas para a criação de softwares ou implantação de novos serviços em suas operações. “Nesta retomada, as grandes empresas de tecnologia viram que a demanda de seus clientes começou a triplicar. Pensando nisso, elas enxergaram a oportunidade de terceirizar esses serviços para pequenos empreendedores e startups espalhadas pelo Brasil”, argumenta.

Mesmo sem tantas datas comerciais fortes na primeira parte do ano, o segmento varejista (18,30%) teve uma boa fatia da quantidade de chamados. Neste semestre, a ideia é que este número seja elevado, principalmente nos meses que antecedem a Black Friday. “A procura das grandes varejistas por soluções técnicas preventivas aumenta consideravelmente. A ideia é evitar transtornos que podem refletir dentro do e-commerce ou da loja física e, consequentemente, prejudicar o desempenho da equipe de vendas. Estima-se que essas prevenções são capazes de reduzir em 50% os custos com eventuais problemas operacionais”, finaliza.


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