No mundo dos investimentos, a confiança tornou-se tão preciosa quanto o próprio capital. Enquanto diversas empresas já perceberam o quanto uma boa reputação abre portas, os fundos de investimento começam a compreender que estar atrelado a uma imagem positiva passou a ser o novo “padrão ouro” para atrair parceiros e startups para o portfólio. É o que revela a 2ª Pesquisa Nacional Sobre o Impacto das Relações Públicas no Mercado de Inovação – A Visão do Investidor, conduzida pela MOTIM, primeira aceleradora de reputação e gestora de posicionamento do mundo. Segundo o estudo, 75% dos investidores consideram fundamental que o fundo dedique esforços financeiros à construção de sua própria reputação.
O alto percentual está alinhado à própria influência que uma construção de marca sólida também gera sobre o decisor no momento de aportar capital em uma empresa. Isso porque, ainda de acordo com o levantamento, 91% dos respondentes concordam que marcas que apresentam sua proposta de valor com eficiência ao mercado aumentam a probabilidade de receber uma injeção financeira.
Para realizar a pesquisa, a MOTIM ouviu 50 dos principais responsáveis pelas decisões de alocação de investimento de venture capitals (VC), corporate venture capitals (CVC), private equity, aceleradoras/incubadoras e investidores independentes. Dentre os grupos respondentes estão MAYA, Monashees, Astella, Canary, Caravela, VOX Capital, Supera, Darwin, ACE, Endeavor, Oxygea.
Segundo Silas Colombo, fundador e CCO da MOTIM, os dados sublinham o papel crucial de um bom posicionamento para o mercado de investimentos. “Hoje, a reputação deixou de ser apenas um diferencial competitivo; tornou-se praticamente um requisito para atrair capital e consolidar a confiança dos investidores. Da mesma forma que uma marca bem construída e transparente facilita a captação de um aporte, a reputação também ajuda a reforçar a credibilidade dos fundos perante o mercado”, destaca.
Curiosamente, porém, quando perguntados sobre o quanto estão dispostos e preparados a agregar em fortalecimento de marca das empresas que formam o seu portfólio, os investidores apresentaram uma média modesta, de apenas 5,3 numa escala de zero a dez.
Para Colombo, o resultado revela uma oportunidade estratégica. “Muitos fundos se destacam por oferecer valor que vai além do financeiro, como suporte em produtos, vendas e tecnologia. No entanto, esse smart money raramente inclui a construção de marca e reputação. Temos aqui uma brecha que precisa ser lapidada, partindo da ideia de que os investimentos podem ser mais estratégicos e alinhados com a própria percepção do mercado”, conclui o CCO.