A rápida transformação no mercado de meios de pagamentos, a alta taxa de aceitação do Pix e o avanço do uso dos smartphones ajudaram a impulsionar a atuação de empresas asiáticas no comércio eletrônico da América Latina nos últimos anos, sobretudo no Brasil. Neste cenário, entre os principais players internacionais, como os EUA, a estimativa é que os comerciantes asiáticos representem 51%, no chamado cross border (o comércio transfronteiriço) no Brasil. É o que aponta o relatório “Insights e Oportunidades para Expansão Regional de Sucesso – Interconectando Ásia-Pacífico e América Latina”, primeiro estudo do tipo encomendado pela Nuvei, plataforma global de pagamentos, à empresa de pesquisas Americas Market Intelligence (AMI).
Lançado durante o Money 2020, em Las Vegas, EUA, nesta última semana de outubro, o estudo traz uma análise sobre oportunidades entre os mercados da Ásia-Pacífico e América Latina.
“A América Latina é um mercado muito relevante para os comerciantes internacionais. O Brasil e o México, em particular, são atraentes por seu tamanho, dinamismo e padrões culturais que refletem os mercados asiáticos. Este estudo é o primeiro de uma série de relatórios que a Nuvei produzirá, explorando potenciais de crescimento em diversas regiões. Acreditamos que dar destaque a esses mercados em rápida ascensão ajuda as empresas a tomarem melhores decisões ao procurarem oportunidades de expansão”, avalia Yuval Ziv, presidente da Nuvei.
O comércio eletrônico tem sido uma fonte de laços comerciais entre as regiões, com as empresas da APAC conseguindo vender para os mais de 300 milhões de compradores de comércio eletrônico da América Latina. Isso se deve a vários motivos, entre eles o rápido crescimento do comércio eletrônico, principalmente em seus dois maiores mercados, Brasil e México. Com a penetração de smartphones acima de 70% e o acesso a métodos de pagamento digital aumentando, as empresas locais e globais estão expandindo seus investimentos em comércio eletrônico e experiências digitais na América Latina.
Entre as principais tendências, o relatório projeta que o e-commerce no Brasil crescerá a uma taxa anual de 20% nos próximos anos, dando um salto de US$ 211 bilhões, em 2022, para US$ 432 bilhões em 2026. Hoje, o Brasil representa mais de 40% do volume total das vendas online na América Latina e está entre os 10 principais mercados de interesse para empresas varejistas da Ásia que buscam a expansão internacional, como a Shein, AliExpress, Shopee e Rakuten.
Segundo o estudo Nuvei/AMI, há um vasto potencial de crescimento que foi acelerado pela pandemia e a adoção das compras online, que impulsionaram os consumidores a experimentarem novas formas de pagamento. Atualmente, 96% dos adultos relacionam-se com instituições financeiras ou fintechs no Brasil, o que propicia a adesão aos pagamentos online.
“Cada vez mais as empresas buscam expandir a atuação para além da região de origem, e a América Latina está no topo da lista de preferência, devido ao êxito alcançado pelas várias empresas que já optaram por esse caminho”, diz o executivo Rafael Lavezzo, vice-presidente comercial da Nuvei América Latina.
O México, por sua vez, deverá registrar expansão no comércio eletrônico a uma taxa anual de 32% entre 2022 e 2026. Nesse contexto, os vendedores asiáticos devem representar 28% do volume cross border de comércio eletrônico de toda a América Latina até 2026, ante o patamar de 16% estimado para 2022.
O estudo da Nuvei/AMI informa que um dos propulsores do acesso das empresas asiáticas aos consumidores da América Latina é a disponibilidade de tecnologias que permitem às empresas internacionais aceitarem pagamentos localmente, em vez de processá-los por meio de um adquirente offshore. “Para as empresas, é importante a disponibilidade de tecnologia que permita a venda online para consumidores da região, sem a necessidade de abrir operação local, que possibilite o aceite de pagamentos na moeda local, com diferentes opções. Isso beneficia grandes marcas e pequenos e médios negócios em todas as verticais do e-commerce”, diz Juan Franco, vice-presidente sênior da Nuvei Latam e Membro do Conselho de Administração da Câmara de Comércio Singapura-México.
Para empresas asiáticas, a América Latina tem características parecidas às dos países da APAC, que têm mais de 40 jurisdições. Na Indonésia, por exemplo, há mais de 20 métodos de pagamento. Já os meios alternativos de pagamento adotados nos mais de 30 mercados da América Latina incluem iniciativas dos bancos centrais como Pix no Brasil e SPEI no México, além de uma infinidade de carteiras digitais.
“Em essência, na Nuvei, ajudamos nossos clientes a se conectarem com os deles. Somos hoje líderes em cobertura global de pagamentos, com mais de 570 métodos de pagamento alternativos e adquirência local em cerca de 50 mercados. Também desenvolvemos nossa solução proprietária, que permite aos comerciantes e clientes se conectarem conosco e assim tenham a disposição métodos de pagamentos local”, diz Yuval Ziv, presidente da Nuvei.
O incentivo ao banco digital e a criação do sistema de transferência interoperável, o Pix, revolucionaram a forma como os brasileiros fazem pagamentos. Hoje, o Pix é utilizado por 72% da população, enquanto o uso do cartão de crédito abrange 37%. Em agosto de 2022, foram feitas quase 2,2 bilhões de transações por meio do Pix no Brasil.
Segundo o estudo, a ascensão meteórica dos usuários do Pix, cerca de 124 milhões de brasileiros, demonstra a prontidão do mercado para um método de pagamento instantâneo, o que fez bancos e comerciantes se adaptarem. O Pix já é aceito por 78% dos lojistas de e-commerce, superando a aceitação de cartão de débito e carteira digital. “A tendência é que o Pix aumente sua participação nas compras à medida que o Banco Central lançar novos recursos – como o Pix Garantido, que permitirá pagamentos parcelados – e permitir também pagamentos internacionais via Pix”, informa o estudo.
“Com os parceiros de pagamento corretos, como a Nuvei, as empresas varejistas internacionais podem se preparar para o sucesso na América Latina. Até 2026, a digitalização da moeda na região permanecerá forte e os métodos de pagamento em dinheiro se estabilizarão. Com maior parte da população da América Latina fazendo suas compras online nos próximos anos, o cartão de crédito manterá seu destaque, seguido de perto pelas transferências bancárias, como o Pix e outras opções de pagamentos como BNPL (Buy Now, Pay Later) e criptomoeda”, acredita o executivo Rafael Lavezzo.
Os indicadores são provenientes da AMI Latin America e-commerce Library, um banco de dados detalhado de comércio eletrônico desenvolvido anualmente pela AMI desde 2015, que cobre 17 mercados da região. A AMI agrega esse conjunto de dados a partir de entrevistas com mais de 40 partes interessadas do setor em toda a América Latina, acompanhadas de pesquisa detalhada, análises e entrevistas exclusivas com os principais vendedores de e-commerce da APAC e sobre o corredor digital APAC-América Latina.
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