A construção de equipes engajadas e produtivas passa por um desafio que muitas empresas ainda evitam: o diálogo honesto e estruturado. Segundo dados da Gartner, organizações com baixa maturidade em gestão de pessoas enfrentam até 30% mais rotatividade do que a média do mercado. O motivo? Falta de conversas claras sobre desempenho, expectativas e evolução profissional.
Durante décadas, o processo de atração e seleção foi pautado por um modelo unilateral, em que empresas definiam critérios e esperavam que os candidatos se encaixassem. Hoje, esse modelo está em xeque. Com escassez de talentos, empoderamento dos candidatos e alta rotatividade, o mercado exige uma abordagem mais humana e estratégica.
“Contratações feitas sem clareza, avaliações sem critérios definidos e a ilusão de que é possível ajustar o perfil de um profissional apenas por meio de treinamentos. Essa lógica transfere ao T&D a responsabilidade de corrigir falhas que, na verdade, se originam na base — em processos seletivos mal conduzidos,” afirma Patrícia Suzuki, CHRO da Redarbor Brasil, grupo responsável pelo Pandapé, o software de RH mais usado na América Latina.
Cultura de desenvolvimento começa no primeiro dia
O desafio vai além do recrutamento. Muitas empresas investem em treinamentos pontuais, mas falham ao evitar o diálogo aberto e contínuo que deveria começar desde o onboarding. Falar sobre postura, desempenho e evolução exige coragem, escuta ativa e presença — elementos que ainda são negligenciados em muitas culturas organizacionais.
“Desenvolver talentos vai além: exige presença, escuta ativa e coragem para ter conversas que muitos evitam,” reforça Patrícia.
“Falar sobre desempenho não é fácil, mas é essencial para formar times fortes e coerentes com a cultura da empresa.”
Impacto direto no engajamento e nos resultados
A ausência dessas conversas impacta diretamente:
- Engajamento dos colaboradores
- Produtividade das equipes
- Sustentabilidade financeira do negócio
Segundo a Gartner, empresas com gestão de pessoas pouco estruturada enfrentam índices de turnover até 30% superiores, o que representa custos elevados com recrutamento, perda de conhecimento interno e instabilidade operacional.
Geração Z exige mais diálogo e transparência
A Geração Z, que já representa uma parcela significativa da força de trabalho, é ainda mais exigente com o processo de desenvolvimento. Pesquisa do Infojobs aponta que 61% dos profissionais da geração Z desistiram de processos seletivos por falta de retorno ou feedback.
Esse dado reforça a importância de uma cultura de desenvolvimento estruturada, que vá do recrutamento à aprendizagem contínua, com feedbacks frequentes, processos claros e tecnologia que suporte decisões baseadas em dados reais.
Tecnologia como aliada, sem perder o fator humano
O Pandapé, plataforma de RH da Redarbor, une inteligência artificial e dados para ajudar empresas a construir times alinhados desde o início, mapeando fit cultural e gaps de competências de forma objetiva.
“No Pandapé, reforçamos que o fator humano — a coragem de olhar nos olhos e conversar de verdade — é o que transforma resultados,” conclui Patrícia.
O futuro das organizações passa pelo desenvolvimento real de pessoas
Empresas que desejam crescer de forma sustentável precisam encarar o desenvolvimento humano como estratégia central. Isso inclui:
- Conversas difíceis com empatia e clareza
- Feedbacks estruturados e contínuos
- Tecnologia que apoie decisões humanas, não substitua
- Cultura organizacional que valorize o aprendizado e a evolução
O caminho pode ser desafiador, mas é também o mais eficaz para construir equipes engajadas, produtivas e preparadas para os desafios do mercado.
