Celebrado em 11 de agosto, o Dia do Estudante é uma oportunidade para pensar em formas criativas e inovadoras de estudar. Afinal, manter o foco nos conteúdos e garantir um bom nível de aprendizagem nem sempre é tarefa fácil, ainda mais diante de vídeos divertidos em redes sociais, memes e outras tantas informações instantâneas. Porém, que tal utilizar a própria tecnologia para exercitar a concentração e assimilar o conteúdo de forma criativa?
De acordo com a coordenadora de EdTech na Beacon School, Maria Eduarda Menezes, as tecnologias ajudam a tornar o aprendizado mais dinâmico, personalizado, colaborativo e interativo. “Elas oferecem a oportunidade de acessar uma vasta gama de informações de qualquer lugar, permitindo que o estudante seja protagonista de sua própria aprendizagem”, diz Maria Eduarda. “Desta forma, os alunos não apenas adquirem conhecimento técnico, mas desenvolvem habilidades fundamentais para o século XXI, como pensamento crítico, resolução de problemas e criatividade”, complementa a coordenadora.
Para ajudar os estudantes a pensarem em formas criativas de utilizar a tecnologia em momentos de estudo, o assessor pedagógico da Mind Makers, Victor Haony, sugere algumas atividades que podem ser realizadas tanto por meio do celular quanto do computador. Uma delas é usar simuladores de realidade aumentada, a exemplo de aplicativos que, a partir de modelos prontos de imagens em 3D, ajudam na compreensão de temas de disciplinas como geografia, biologia e química.
Outra dica é utilizar a Inteligência Artificial para conhecer um modo diferente do convencional de construir textos e fazer pesquisas – sempre buscando desenvolver suas próprias habilidades com a atividade e não apenas copiar o conteúdo produzido pela ferramenta. E que tal fazer visitas a museus do mundo todo por meio do Google Earth ou pelos próprios sites de galerias de arte, como o Museu do Louvre e o British Museum, visando ampliar o repertório cultural?
O modo de assimilar o conteúdo de livros também pode ser inovador. Já pensou no quanto pode ser interessante realizar leituras no ambiente digital? Esse é um cenário que vem sendo cada vez mais recorrente, segundo dados recentes. A pesquisa “Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro”, apurada pela Nielsen a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), revelou que os brasileiros têm demonstrado interesse em conteúdos digitais. De 2019 a 2023, o faturamento das editoras com conteúdos digitais apresentou um crescimento de 158%.
Vinicius Fernandes, assessor pedagógico da Eduall, explica essa mudança de cenário e como as bibliotecas virtuais podem ajudar os estudantes. “O mundo em que vivemos hoje é digital, o que faz com que os jovens estejam conectados o tempo todo. Então, para gerar interesse na leitura, é importante integrá-los ao que conhecem. Um fator que vem ajudando a leitura a ganhar força com esse público são os influenciadores literários, que conquistaram visibilidade com plataformas, como o TikTok. Por ser algo que faz parte da realidade dos jovens, sendo divulgada por influenciadores que eles gostam, a leitura digital acaba se tornando um hábito prazeroso”.
Para além dos livros, o formato digital pode estar presente em todo o material didático. Por contemplarem múltiplas linguagens, esse tipo de recurso conta com elementos que o contexto físico, sozinho, não consegue oferecer, como simulações virtuais, gamificação, vídeos e a possibilidade de responder exercícios, provas e simulados em formato digital. Especialistas em educação, como a gerente pedagógica da plataforma par, Talita Fagundes, destacam uma série de benefícios do uso desse tipo de material, como aumento do engajamento, estímulo à autonomia do aluno e auxílio no desenvolvimento de letramento digital.
De acordo com Talita, o modelo ideal a ser utilizado nos estudos é o híbrido, ou seja, o uso equilibrado de materiais didáticos físicos e de plataformas digitais. “Existem etapas de estudo que precisam de suporte do material físico, como ao realizar uma equação matemática, por exemplo”, pontua Talita.
Para além dos recursos digitais, existem ferramentas que auxiliam o desenvolvimento do pensamento criativo e que funcionam como aliadas na hora de fazer trabalhos em equipe. Uma delas é o brainstorm, em português conhecido como “tempestade de ideias”. A técnica permite ao aluno explorar sua potência criativa ao propor, de diferentes maneiras, seus pensamentos e ideias. Em linhas gerais, o objetivo principal é levar em conta qualquer pensamento que vier à mente, sem filtros, fazendo com que seja coletado o maior número de soluções possíveis para o assunto em questão.
“Essa técnica é ótima para produzir uma ampla diversidade de ideias com rapidez, expandir o repertório de alternativas e gerar entusiasmo entre os membros do grupo, incentivando todo mundo a colocar suas ideias no papel”, destaca Luiza Sudário, assessora pedagógica da Mind Makers. Para ajudar os estudantes a utilizarem o brainstorm na realização de trabalhos em equipe, Luiza separou 3 estratégias que vão potencializar o pensamento criativo. Confira!
Brainstorming tradicional – É a técnica mais comum aplicada em grupo. Aqui, os alunos devem expor suas ideias, debatendo livremente, sem críticas ou julgamentos. Todas elas são registradas para que possam ser revistas e futuramente selecionadas. Luiza ressalta que é fundamental que todos os pontos de vista sejam ouvidos, ou seja: mais do que falar, é importante que o time pratique a escuta empática.
Mapa mental – É uma prática visual que utiliza diagramas para conectar ideias para organizar e priorizar os pontos de vista de cada integrante do grupo. A partir de um tema principal, definido em uma palavra e escrito no centro de uma folha, são desenhados setas e símbolos que o conectam a diversas informações, possibilitando diferentes associações. Luiza comenta que essa é uma ferramenta muito útil para ajudar a interligar conceitos e memorizar conteúdos.
Brainwriting – Essa é uma ótima alternativa para estudantes tímidos, porque estimula sua participação sem a necessidade de falar em público. Por meio dessa técnica, os participantes escrevem suas ideias em um papel, silenciosamente, em tempo e quantidade de rodadas determinados previamente. As melhores propostas são selecionadas e, em votação, os participantes escolhem quais deverão ser trabalhadas.
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