Na era da inteligência artificial e da transformação digital, o papel de líderes mulheres tem ganhado cada vez mais relevância, mas ainda enfrenta barreiras significativas. A presença feminina em cargos de liderança é crucial, não apenas por trazer diversidade de perspectivas, mas também como um passo importante para a equidade de gênero em mercados tradicionalmente dominados por homens, como o da tecnologia. No entanto, mulheres ainda se deparam com um cenário desafiador. Um exemplo recente desse conflito foi a polêmica em torno de um empresário que fez declarações infelizes sobre mulheres CEOs, sugerindo que elas passam por um ‘processo de masculinização‘ e ‘deixam o lar em quarto plano‘. Suas falas geraram uma onda de críticas e boicotes, destacando a resistência que muitas líderes mulheres ainda enfrentam.
É neste cenário que Bárbara Vallim, CEO, e Suzana Oliveira, CRO, fundadoras da Hera.Build, se destacam. Elas não estão apenas à frente de uma startup inovadora, mas também reescrevendo a narrativa de mulheres no comando. Como líderes em um setor que historicamente foi dominado por homens, Bárbara Vallim e Suzana Oliveira estão redefinindo o papel feminino na tecnologia e provando que a inovação não conhece gênero – apenas competência e visão.
Desafiando o status quo: A trajetória de Bárbara Vallim
Bárbara Vallim iniciou sua carreira em um momento de intensa transformação tecnológica, um período que demandava alta adaptabilidade e inovação contínua. Essas experiências iniciais foram fundamentais para moldar sua abordagem de liderança na Hera.Build, já que ensinaram à profissional a importância da adaptabilidade e da inovação contínua. “Essas experiências moldaram minha visão de liderança na Hera.Build, focando em soluções de IA que são não apenas técnicas, mas também profundamente personalizadas, alinhando tecnologia às necessidades específicas de nossos clientes. Sempre busco criar um ambiente de trabalho inclusivo e inovador, onde novas ideias são encorajadas”, explica Bárbara.
Uma combinação poderosa de paixão pela inovação e a determinação de desafiar o status quo guiaram o desejo de Bárbara Vallim de empreender na área de tecnologia. “Ao longo da minha carreira, percebi a lacuna de gênero e a falta de oportunidades no setor, o que me motivou ainda mais a criar uma empresa que não apenas contribui para a transformação digital, mas também promove a equidade de gênero e um ambiente diverso ao servir como exemplo de liderança feminina na tecnologia“, comenta.
De acordo com o Índice Global de Disparidade de Gênero 2024, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 70ª posição no ranking global de equidade de gênero. Em setores como o de tecnologia, o número de mulheres na força de trabalho continua em níveis mais baixos, atingindo apenas entre 21% e 40% do total de cargos na América Latina, sendo que menos de 30% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, segundo a pesquisa Woman in Technology. Tal disparidade evidencia os desafios significativos que as mulheres enfrentam para avançar em suas carreiras nesse campo.
Neste contexto, a Hera.Build desempenha um papel crucial. A empresa não apenas lidera a transformação digital com soluções inovadoras de inteligência artificial, mas também se posiciona como um bastião de inclusão e diversidade, exemplificando como as empresas podem prosperar ao adotar práticas que promovem a igualdade de gênero e a diversidade, criando um impacto positivo tanto no mercado quanto na sociedade. A missão da empresa de promover um ambiente de trabalho inclusivo e inovador serve como um poderoso exemplo de como desafiar as normas estabelecidas e abrir caminho para futuras gerações de mulheres na tecnologia.
Equidade de gênero e liderança: A jornada inspiradora de Suzana Oliveira
Suzana Oliveira é uma defensora ativa da equidade de gênero no ambiente de trabalho. Sua participação em programas de liderança em instituições renomadas como Harvard e Stanford impactaram profundamente sua abordagem ao liderar a Hera.Build e seu posicionamento em relação à equidade de gênero na tecnologia. “Os programas de liderança na Universidade de Harvard e o Fórum de liderança feminina da Universidade de Stanford foram transformacionais na minha carreira. Eles me forneceram as ferramentas para implementar práticas inclusivas e promover a diversidade na Hera.Build. Esses programas enfatizaram a importância de defender a equidade de gênero e me equiparam para, não só enfrentar desafios culturais e estruturais, como também ser um agente de mudança no setor tecnológico”, explica.
O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional continua sendo um dos principais temas explorados em discursos preconceituosos e machistas, especialmente quando se trata de mulheres em cargos de liderança. O exemplo mencionado no início da matéria, em que um empresário declarou que mulheres CEOs ‘deixam o lar em quarto plano’, reflete a mentalidade distorcida que ainda permeia parte do mercado de trabalho. No entanto, essa narrativa não apenas subestima a capacidade das mulheres de liderar com competência, mas também reforça estereótipos que dificultam a equidade de gênero.
Segundo o último relatório Women in the workplace, da McKinsey, em parceria com a LeanIn.Org, mulheres em posições de liderança enfrentam uma pressão significativamente maior para equilibrar responsabilidades profissionais e pessoais, em comparação aos seus colegas homens. Essa pressão vem, em parte, da expectativa social de que as mulheres sejam responsáveis por cuidar do lar, mesmo enquanto avançam em suas carreiras. Para Suzana, “encontrar equilíbrio entre vida pessoal e profissional foi um processo contínuo de aprendizado e ajuste. Priorizar o que é mais importante a cada momento e aprender a delegar foram essenciais para mim”.
Ela também enfatiza a importância de definir limites e ser clara quanto às próprias necessidades. “Para outras mulheres, meu conselho é definir limites claros, comunicar suas necessidades, e lembrar que autocuidado e autoconhecimento são partes vitais do sucesso profissional”, destaca. Sua perspectiva reforça que, além da competência profissional, a busca por equilíbrio é um aspecto universal da liderança – e deve ser vista como um desafio legítimo e não como uma fraqueza.
Hera.Build e o protagonismo ´feminino na IA: Uma história de inclusão e inovação
O protagonismo feminino na área de tecnologia e inteligência artificial tem se mostrado essencial para a inovação e o avanço do setor. A Hera.Build, uma empresa fundada por mulheres e composta majoritariamente por um time feminino, exemplifica como a diversidade e a inclusão podem transformar o ambiente de trabalho e a abordagem de negócios.
Apesar dos desafios inerentes à representação feminina no setor de tecnologia, Bárbara Vallim destaca o progresso já alcançado com entusiasmo. “É uma honra e motivo de muito orgulho o que estamos construindo na Hera.Build. Uma de nossas conquistas mais significativas foi a criação de uma comunidade inclusiva e diversificada, onde as mulheres não apenas ocupam posições de liderança, mas também desempenham papéis essenciais na nossa estratégia de negócio”, afirma. Esse ambiente inclusivo e diversificado não apenas fortalece a equipe, mas também impulsiona a inovação e a criatividade dentro da empresa.
Além disso, Suzana Oliveira, enfatiza que a promoção da diversidade tem enriquecido a forma como a empresa aborda a resolução de problemas. “Nosso foco em promover a diversidade na Hera.Build não apenas fortaleceu nossa equipe, mas também enriqueceu a forma como abordamos a resolução de problemas. As diferentes perspectivas trazidas por nossas líderes femininas nos ajudam a desenvolver soluções de IA mais completas e impactantes”, explica Suzana. Esse compromisso com a diversidade não é apenas um valor interno, mas uma estratégia que tem se mostrado eficaz na criação de tecnologias mais robustas e inovadoras.
O caminho para alcançar essas conquistas não foi fácil. As líderes da Hera.Build enfrentaram desafios significativos, como a sub-representação feminina no setor e os preconceitos ainda existentes. No entanto, a determinação e a visão clara das fundadoras permitiram que elas superassem esses obstáculos, criando um ambiente onde as mulheres podem prosperar e liderar com confiança.
A trajetória da Hera.Build serve como uma inspiração para outras mulheres que desejam se aventurar na transformação digital e fazer parte da revolução tecnológica. A empresa não apenas está moldando o futuro da tecnologia com suas inovações em IA, mas também está pavimentando o caminho para uma maior inclusão e representatividade feminina no setor. “Estamos comprometidas em continuar essa trajetória, inspirando outras mulheres a se unirem a nós na transformação digital e a fazerem parte dessa revolução tecnológica”, reforça Suzana.
Em suma, a história da Hera.Build é um testamento do impacto positivo que a diversidade e a inclusão podem ter em uma empresa de tecnologia. As conquistas alcançadas até agora são apenas o começo de uma jornada que promete continuar a inspirar e transformar o setor de tecnologia, promovendo um futuro onde mulheres ocupam o espaço que lhes é de direito.
Democratização da IA: Inclusão e ética
Na vanguarda da revolução tecnológica, a Hera.Build tem uma missão clara: democratizar a Inteligência Artificial e torná-la acessível para todos, independentemente de seu conhecimento ou habilidades técnicas. Esta missão é impulsionada por uma liderança feminina comprometida com a inclusão e diversidade, elementos essenciais para a inovação e o sucesso no setor de tecnologia.
Bárbara Vallim enfatiza que a inclusão está no DNA da empresa. “Acreditamos que estamos passando por uma revolução, na qual a IA vai ter um papel fundamental e se tornará um agente de mudança na forma em que as empresas trabalham. E isso está diretamente ligado à importância de um ambiente diverso. Em um contexto no qual utilizamos uma série de instruções (o famoso prompt) para a IA responder da maneira esperada, é necessário ter uma camada muito bem definida de ética e trazer uma visão diversa, sem viés de gênero, para garantir respostas baseadas nos pilares de diversidade e inclusão” explica.
Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas no setor de IA. Estas incluem a sub-representação em posições de liderança, preconceitos implícitos e a falta de oportunidades equitativas de crescimento. Para superar essas barreiras, “é importante que empresas promovam ambientes inclusivos e forneçam oportunidades de crescimento equitativo para superar essas barreiras, que vão além das paredes do escritório e chegam nos limites das soluções de tecnologia também” destaca Bárbara.
Inteligência Artificial e as novas oportunidades para mulheres na tecnologia
A Inteligência Artificial está transformando significativamente a maneira como educamos e preparamos novas gerações para o mercado de trabalho. Essa revolução tecnológica abre portas especialmente para as mulheres, proporcionando novas oportunidades para ingressar e liderar em um campo que tradicionalmente tem baixa representação feminina. “Na Hera.Build, acreditamos que a IA pode nivelar o campo de jogo, ao proporcionar habilidades e competências acessíveis para todos, independentemente de gênero. Estamos ativamente envolvidos em iniciativas que incentivam meninas e mulheres a explorar e desenvolver habilidades em tecnologia e IA, ajudando a moldar futuras líderes que trarão perspectivas diversificadas e essenciais para o avanço do setor”, diz Bárbara Vallim.
Essas iniciativas não apenas ajudam a preencher a lacuna de gênero na tecnologia, mas também garantem que o setor se beneficie de uma ampla gama de ideias e abordagens.
Superando barreiras: Dicas essenciais para mulheres na tecnologia
Empreender na área de tecnologia e seguir uma carreira em Inteligência Artificial pode ser desafiador, mas também extremamente recompensador, especialmente para mulheres que muitas vezes enfrentam barreiras adicionais no setor. Para aquelas que desejam se aventurar nesse campo, Suzana, líder na Hera.Build, compartilha alguns conselhos valiosos.
“Buscar continuamente aprendizado e crescimento é fundamental. Não tenham medo de explorar novas áreas ou de errar,“ diz Suzana. A tecnologia e a IA são campos em constante evolução, e estar aberta a novas experiências e disposta a aprender com os erros pode ser um diferencial significativo.
Além disso, Suzana destaca a importância de construir uma rede de apoio sólida. “Cerquem-se de uma rede de apoio, que pode incluir mentores, colegas e comunidades de mulheres na tecnologia,” aconselha. Ter um sistema de suporte pode fornecer orientação, inspiração e oportunidades de networking essenciais para o sucesso.
“É crucial também acreditar em suas ideias e capacidades, pois a diversidade não só oferece novas perspectivas, mas é essencial para a inovação verdadeira,” afirma Suzana. A diversidade de pensamento e experiência pode levar a soluções mais inovadoras e eficazes, tornando o ambiente de trabalho mais dinâmico e produtivo.
“Acima de tudo, mantenham o compromisso de criar ambientes de trabalho que promovam inclusão e empoderamento“, complementa a executiva. Promover um ambiente onde todos se sintam valorizados e respeitados não só beneficia os indivíduos, mas também a organização como um todo.
Em resumo, as mulheres que desejam empreender na área de tecnologia ou seguir carreira em IA devem buscar aprendizado contínuo, construir uma rede de apoio, acreditar em suas ideias e trabalhar para criar ambientes inclusivos e empoderadores. Esses elementos são essenciais para superar desafios e alcançar o sucesso no setor.
Democratizando a IA com ética e inclusão
Suzana Oliveira garante que a Hera.Build se compromete com a democratização da IA oferecendo soluções escaláveis e personalizáveis que atendem empresas de diversos tamanhos. “Nossa plataforma é projetada para ser intuitiva e fácil de implementar, reduzindo a barreira tecnológica para pequenas e médias empresas e sendo um parceiro de negócio valioso para as grandes empresas. Qualquer pessoa dentro de uma empresa pode interagir com as soluções da Hera.Build, mesmo sem nenhum conhecimento técnico”. Dessa forma, até mesmo organizações com recursos limitados podem se beneficiar das vantagens da IA.
As preocupações éticas relacionadas à Inteligência Artificial são uma área crítica e multifacetada, abrangendo questões como a transparência dos algoritmos, a privacidade dos dados e o potencial de viés nos resultados. De acordo com Bárbara Vallim, “as preocupações éticas em torno da IA são realmente importantes e incluem questões como a transparência dos algoritmos, a privacidade dos dados e o potencial de viés nos resultados. Na Hera.Build, levamos essas questões muito a sério. Implementamos diretrizes rigorosas para garantir que nossas soluções sejam desenvolvidas de maneira justa e inclusiva, e promovemos práticas de transparência para que nossos clientes compreendam como a IA toma decisões”.
Além disso, a empresa realiza avaliações regulares de impacto ético, colaborando com especialistas e parceiros para assegurar que as soluções não apenas atendam a padrões técnicos e jurídicos, mas também respeitem valores humanos fundamentais.
O potencial transformador da IA: Desafios e oportunidades
Para concluir, é importante destacar que a Inteligência Artificial possui um imenso potencial para gerar um impacto social positivo em diversas áreas cruciais, como saúde, educação e sustentabilidade. Suzana Oliveira, exemplifica, dizendo que a IA pode “pode melhorar diagnósticos médicos, personalizar o aprendizado e otimizar recursos para maior eficiência energética”, mostrando como a tecnologia pode ser uma força transformadora para o bem comum.
A CRO ressalta, porém, que a implementação dessas tecnologias não está isenta de desafios, que “incluem assegurar que essas tecnologias sejam desenvolvidas de forma ética, sem viés, e que a privacidade dos dados seja respeitada. Além disso, é essencial democratizar o acesso a essas tecnologias para que seus benefícios não sejam limitados a poucos”.
Em suma, a oportunidade para a IA gerar um impacto social positivo é imensa. No entanto, “é necessário um esforço consciente e colaborativo para garantir que a IA seja uma força para o bem comum”, ressalta Suzana Oliveira. A combinação de inovação tecnológica com responsabilidade ética e inclusão pode pavimentar o caminho para um futuro onde a IA contribua significativamente para a melhoria da sociedade como um todo.