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Mapa dos nerds: estudo mostra os nomes dados a pessoas que estudam muito em diferentes países

Na escola ou na faculdade, muita gente já teve um apelido. Para aqueles estudantes engajados e superinteligentes, um estudo da plataforma de idiomas Preply descobriu que existem centenas de termos em diferentes partes do mundo. Em português, a sapiência é comparada ao ferro nos apelidos dos alunos inteligentes. No Brasil, o acrônimo CDF, para a expressão “cu de ferro” é a mais popular, já em Portugal, é a palavra “marrão” (um martelo de ferro que quebra pedra) que conquistou os corredores escolares.

Fonte: Preply/set-22

Cu, cabeça ou Caxias?

O apelido para os alunos inteligentes mais utilizado no Brasil é a sigla CDF, mas seu significado já foi atribuído a várias expressões na cultura popular. A mais conhecida é a “Cu de ferro” para fazer alusão à pessoa que passa várias horas sentada estudando.

Outras histórias contam que a expressão surgiu nos quartéis antigos. Quando alguém era muito disciplinado, os colegas o chamavam de “Caxias” em alusão ao patrono do exército brasileiro, Duque de Caxias, tido como referência de soldado. Quando o militar era “muito” Caxias, era chamado de “Caxias de Fudê” ou CDF.

Há também a versão mais amigável: “cabeça de ferro”.

Grande cérebro

Vários países da América Latina usam termos que aludem a um grande cérebro ou cabeça para apelidar seus estudantes brilhantes. Na Venezuela e República Dominicana, eles são chamados de “cerebro” e “cerebrito”.

O Paraguai e Uruguai chamam seus “nerds” de “bochos” um sinônimo para a palavra cabeça. Mas há quem atribua a inteligência aos grandes pensadores latinos. Em Cuba, o termo “Abelardito/a” é usado para se referir a pessoas muito inteligentes, termo que vem do filósofo francês Pierre Abélard, reconhecido como um dos grandes gênios da história da lógica. Mas, geralmente é usado de forma pejorativa… “Olha aquele Abelardito”.

No Chile é usado “Mateo/a”, este termo deriva de Prometeu que era o deus grego do fogo. Prometeu usou sua inteligência para enganar o deus Zeus para devolver o fogo aos mortais. Portanto, essa palavra é usada para se referir à pessoa mais trapaceira da classe. No entanto, o significado atual é o de “preferido do professor”.

No México, os alunos inteligentes ganharam um apelido conhecido em todo o mundo: “ñoño”, mesmo nome do filho do Senhor Barriga, personagem da série Chaves, criada por Roberto Gómez Bolaños. Ñoño era um estudante dedicado e ingênuo da classe.

No espanhol, o termo ñoño é sinônimo de “velho” e é utilizado para fazer alusão a monges ou tutores, mas o México criou o seu próprio significado. Segundo o Dicionário de Espanhol Mexicano, ñoño é um adjetivo para alguém “brega, bobo, antiquado ou muito apegado às suas funções”.

Em alguns países, os alunos inteligentes são comparados a animais. O termo nerd na Espanha, “Empollón”, vem do ato de incubação das galinhas e do tempo que passam em seus ovos, semelhante ao tempo que o aluno passa em seus livros.

Nomes de animais

Os sírios chamam os alunos de “tays” (cabras), e os turcos podem chamá-lo de “İnek öğrenci” (vaca) para estudar. Na Albânia, no entanto, você seria um “budalla”, termo que deriva da palavra ganso. Nesses casos, é a forma convulsiva que esses animais pastam que está associada ao tempo que os alunos passam nos deveres de casa.

Em países asiáticos como China, Indonésia e Vietnã as pessoas que estudam muito são chamadas de “shūdāizi“, “Kutu Buku” e “Mọt Sách”, termos que significa “ratos de biblioteca”, um apelido comum usado para falar daqueles que devoram livros. Em países de língua espanhola, o termo rato de livros também é amplamente utilizado.

Mas há quem também compare os “nerds” a objetos resistentes e noturnos. Um exemplo é a palavra “secchione/a”. Na Itália vem de “segión” que por sua vez vem de uma palavra lombarda “gamela”, baldes de alumínio resistentes que os soldados costumavam comer durante a guerra.

A palavra britânica “swot” também implica que ser inteligente exige um grande esforço, pois deriva do substantivo saxão antigo “swêt” (suor). O termo filipino “Magsunog ng kilay” significa literalmente olhos de fogo e é entendido como os olhos do estudante pobre que tem que ler com pouca luz. Na mesma linha, o termo “daafour” (fogão a gás) é usado na Arábia Saudita.

Um estudo dedicado

Para chegar aos termos, a Preply analisou as tradução de “nerd” em dicionários, fóruns, além de contar com com especialistas de mais de 80 países em todos os seis continentes.

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem que conecta milhões de tutores nativos a alunos de todo o mundo. A empresa fundada em Kyviv, na Ucrânia e que conta com escritórios em Barcelona, Espanha, já alcançou mais de 140 mil tutores ensinando 50 idiomas em 203 países ao redor do planeta. A solução proporciona uma relevante e eficiente experiência de aprendizado a preços justos. Mensalmente, a Preply realiza pesquisa nas áreas de educação, mercado, estilo de vida e outros temas relevantes para o mundo globalizado.


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