Com o comércio eletrônico brasileiro projetando um faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025, segundo a ABComm, marcas estão cada vez mais focadas em canais de aquisição que ofereçam eficiência, escalabilidade e controle de investimento. Nesse cenário, o marketing de afiliados desponta como uma das estratégias mais promissoras, especialmente nos setores de varejo, D2C (Direct to Consumer), turismo, cosméticos e moda, segundo dados da Awin, plataforma global especializada no segmento.
A ascensão do canal reflete uma mudança no comportamento de consumo e na forma como marcas se relacionam com criadores de conteúdo. Influenciadores, comparadores, newsletters e canais especializados em reviews passaram a ocupar espaço antes dominado por plataformas de desconto, agregando valor real à jornada de compra.
“Os afiliados que mais performam são os que mostram o produto, explicam como funciona e oferecem benefícios como cashback e cupons. A recomendação qualificada tem impacto direto na conversão”, afirma Luiz Mansanaro, Diretor da área de serviços dos anunciantes na Awin.
Influência com foco em performance
Ao contrário da mídia paga tradicional, o marketing de afiliados opera com base em resultados concretos: as marcas pagam apenas pelas conversões geradas. Isso torna o canal especialmente atrativo em categorias onde o consumidor não está ativamente buscando ofertas, como eletrodomésticos, telefonia e climatização.
“Temos visto anunciantes migrando orçamento para afiliados porque percebem que é possível entregar valor real ao consumidor, seja com uma oferta exclusiva via criador de conteúdo, seja com benefícios diretos em plataformas de fidelidade”, complementa Mansanaro.
Setores em destaque
O crescimento é visível em marcas de todos os portes, com varejistas tradicionais registrando aumentos superiores a 100% na receita via afiliados. Entre os destaques estão:
- Turismo: passagens aéreas e reservas de hotéis
- Moda: do fast fashion ao sportswear
- Cosméticos e farmácia
- Varejo tech: eletrônicos, informática e climatização
A previsão para os próximos meses é de expansão contínua, com campanhas mais maduras em turismo e cosméticos, além de otimizações nas verticais de moda e D2C.
“A tendência é clara: marcas querem escala, rentabilidade e incremento de vendas. O canal de afiliados entrega isso com inteligência, flexibilidade e mensuração. É uma mudança estrutural de como se faz performance no Brasil”, conclui Mansanaro.
