Mudanças estruturais no sistema financeiro: como o Embedded Finance contribui com a inclusão financeira da geração Z

A descentralização do ambiente financeiro não foi a única transformação provocada pelo Embedded Finance. Permitir que empresas de diversos segmentos ofereçam soluções bancárias e de pagamento aos seus clientes, diretamente, também estimula a inclusão financeira da geração Z.

Carlos Benitez, CEO da BMP, hub que oferece soluções financeiras, bancárias e tecnológicas voltadas à originação de operações de crédito e prestação de serviços financeiros, explica que devido à transformação digital, ficou mais fácil para as instituições não bancárias incorporarem serviços financeiros em aplicativos ou plataformas e, com o avanço das APIs (interfaces de programação de aplicativos), a coleta e armazenamento de dados sobre o comportamento de compra do cliente se tornou mais precisa, otimizando a oferta de serviços cada vez mais personalizados.

“Com a coleta de dados do comportamento financeiro desses usuários nas plataformas não bancárias, os bancos vão começar a enxergar melhor os hábitos de compra e a receita de pessoas pertencentes a esse grupo. Dessa forma, as novas gerações passarão a ser melhor atendidas, exatamente pela consolidação das informações”.

Para o executivo, ao ter acesso às informações comportamentais e de consumo dos clientes, as empresas podem oferecer opções de crédito e financiamento adequados à geração Z, mesmo para clientes que não possuem histórico de crédito, incluindo a concessão de microcrédito, financiamento ou linhas de crédito com condições flexíveis.

“As grandes mudanças são feitas pelo consumidor. Antigamente, não havia a mínima possibilidade de uma pessoa jovem tomar crédito. Com a infraestrutura do Embedded Finance, as instituições financeiras têm condições de adequar suas plataformas ao cliente”, completa.