Eu tive a oportunidade de visitar a sede da NovaHaus, uma empresa brasileira de desenvolvimento de aplicativos e produtos digitais de alta performance, e pioneira no país no desenvolvimento de soluções para o Apple Vision Pro, o inovador headset de realidade mista da Apple. A visita teve como objetivo conhecer os projetos inovadores que a NovaHaus está desenvolvendo na área de computação espacial, incluindo o vídeo imersivo criado em parceria com o Poliedro Sistema de Ensino e exibido na Bett Brasil 2024, maior feira de tecnologia e inovação educacional da América Latina.
Durante a visita, tive a oportunidade de experimentar alguns dos vídeos e aplicativos imersivos criados pela NovaHaus e conversar com o CEO, Leandro Pires e Silva, sobre as possibilidades futuras dessa tecnologia e os planos da empresa para o Apple Vision Pro. Leandro compartilhou sua visão sobre o impacto da computação espacial na interação com a tecnologia, que promete revolucionar como usuários interagem com o ambiente digital.
Apple Vision Pro e a computação espacial no Brasil
Embora ainda não lançado no Brasil, o Apple Vision Pro é visto como uma inovação significativa por suas capacidades tecnológicas, que incluem telas 4K e áudio espacial para uma experiência de 360º, onde os usuários navegam por gestos naturais, movimentos oculares e comandos de voz. Parceira da Apple desde 2004, a NovaHaus foi convidada para o desenvolvimento de aplicativos para o Apple Vision Pro antes de seu lançamento oficial, permitindo à empresa adquirir o dispositivo com antecedência e explorar suas funcionalidades.
A empresa identificou, no entanto, desafios para a popularização do Apple Vision Pro no Brasil, especialmente a falta de conteúdo nativo e de aplicações que atendam ao mercado local. “Observamos várias tentativas de usar o Apple Vision Pro em diferentes áreas, como a medicina, mas acreditamos que a tecnologia ainda precisa evoluir para maximizar seu potencial. A resolução das telas, apesar de impressionante, ainda não se compara à visão humana. Muitas iniciativas, por enquanto, parecem ser mais impulsionadas pelo entusiasmo do que por aplicações práticas eficazes“, comenta Leandro.
Impacto da computação espacial na educação
Um dos destaques da visita foi o projeto desenvolvido em colaboração com o Poliedro Sistema de Ensino e o cineasta Hugo Cuccurullo, no qual a NovaHaus produziu um dos primeiros vídeos espaciais imersivos do Brasil. Exibido durante a Bett Brasil, o vídeo mostrou a jornada de uma escola associada ao Poliedro, desde o planejamento pedagógico até a entrega de resultados. Para os visitantes, foi uma experiência única que trouxe uma nova perspectiva sobre como a computação espacial pode transformar o aprendizado.
Ainda no setor educacional, a NovaHaus também está desenvolvendo um aplicativo de gamificação que utiliza o Apple Vision Pro para explorar conteúdos de Biologia em 3D, permitindo que alunos dissequem e analisem órgãos humanos virtualmente, destacando partes importantes para entender a funcionalidade do corpo humano. “A computação espacial possibilita uma navegação intuitiva, onde o aluno é posicionado no centro do aprendizado, como protagonista do processo,“ destaca o CEO da NovaHaus.
Marcas de vários setores já começam a explorar o potencial da computação espacial para criar experiências imersivas e sensoriais que aproximem seus clientes dos produtos. Especialistas apontam que essa tecnologia pode transformar áreas como medicina, entretenimento e educação. Para a NovaHaus, o foco está em democratizar essa inovação no Brasil. “Queremos levar a computação espacial para as escolas e estamos desenvolvendo aplicativos imersivos para isso. Planejamos comprar várias unidades do Apple Vision Pro e levar para as escolas, mas, para viabilizar esse projeto, precisamos de parcerias e investimentos,“ completa Leandro Pires e Silva.
Explorando a acessibilidade com o Apple Vision Pro
Além da educação e do entretenimento, a computação espacial abre portas para aplicações na saúde e na acessibilidade. O Apple Vision Pro oferece recursos avançados, como iluminação infravermelha e câmeras para rastreamento preciso, que podem beneficiar pessoas com deficiência visual. Esse recurso permite, por exemplo, uma visão mais nítida em ambientes de baixa luminosidade, além de auxiliar na reabilitação de condições como a retinose pigmentar e o estrabismo. A NovaHaus explora essas capacidades do Apple Vision Pro, vislumbrando oportunidades de desenvolver aplicativos assistivos para melhorar a vida de pessoas com dificuldades visuais.
Especialistas em tecnologia apontam que a computação espacial poderá transformar não só a educação, mas também a medicina, o treinamento profissional e o entretenimento. A NovaHaus se destaca por explorar esses novos horizontes e promete continuar trabalhando para expandir o acesso e a aplicação dessa tecnologia emergente, possibilitando que mais pessoas experimentem e se beneficiem das potencialidades do Apple Vision Pro.