A AI Fashion Architect Amanda Momente transformou o pré-lançamento do seu primeiro livro em uma experiência viva na maior feira de moda do Brasil, a Pop Plus. Ao longo do último fim de semana, mais de 5 mil pessoas passaram pela edição em busca de novidades do setor, que fatura cerca de R$ 900 milhões por ano, segundo a Associação Brasil Plus Size (ABPS), que teve a presença da designer por uma razão clara: fidelidade, afeto e troca real com sua comunidade.
Fundadora da WonderSize, a maior marca da feira, Amanda Momente apresentou o WonderDataset, o primeiro banco de dados inclusivo da moda brasileira, criado para atualizar as bases que definem o “corpo humano” no design de moda. A ferramenta, construída após dois anos de estudos unindo Inteligência Artificial generativa à modelagem, engenharia têxtil e comportamento, foi revelada em tempo real para visitantes por meio de um tótem interativo, onde os visitantes puderam conversar com um bot criado especialmente para a jornada criativa da obra.
A designer une Inteligência Artificial, moda inclusiva e emoção genuína do público plus-size e explica que esta é a virada para uma nova era de responsabilidade na moda: “Quando combinamos IA, dados reais e diversidade corporal, abrimos espaço para uma indústria menos tóxica. A inovação começa pela empatia: entender corpos reais, mapear necessidades e projetar soluções que respeitam quem veste, devolvendo a sensação de pertencimento e autoestima. A experiência foi impactante”, diz Amanda.
Bruna, cliente Wonder resumiu o que sentiu ao interagir com o bot: “É a primeira vez que recebo uma resposta com uma pessoa gorda normal. Eu uso IA para comprar óculos e ela sempre emagrece o meu rosto. Aqui, finalmente, eu me vi.”
Este não foi o único relato emocionante de quem passou pelo estande da Wonder. Todas as pessoas que passaram por lá reforçaram o impacto singular de encontrar uma ferramenta capaz de desenvolver roupas que atendam às suas necessidades, fazendo com que o ponto da marca se tornasse um ponto de identificação. Fernanda, vendedora da marca, ao testar o sistema de IA, resumiu a experiência em um depoimento que se repetiu em diferentes formas ao longo do fim de semana: “foi a primeira vez que me vi representada de maneira real, sem ser afinada, suavizada ou apagada por ferramentas tradicionais de tecnologia”, avaliou.
A campeã olímpica de judô Bia Souza também conheceu de perto a nova tecnologia. Durante a experiência, ela buscava um top que se ajustasse ao seu corpo de maneira confortável e segura para os treinos e testou, na prática, como a ferramenta identifica medidas reais, criando peças que acompanham perfeitamente suas necessidades de performance. Já a influenciadora Verônica Oliveira, do perfil Faxina Boa, que também passou pelo espaço, descreveu a experiência como “a sensação de reencontro com o próprio corpo”.
Para Amanda Momente, quem domina o trio formado por arquitetura de dados, comportamento humano e design Tech está moldando o futuro da moda: “Esse impacto é coerente com a missão da marca, que nasceu justamente para devolver autonomia estética e emocional às mulheres que a moda tradicional insiste em marginalizar. A Wonder é apenas uma consciência coletiva de moda e um espaço seguro de autoestima, acolhimento e comunidade”, finaliza.
