O impacto da inteligência artificial (IA) nas carreiras de engenharia de software foi o tema central de um evento promovido pela Remessa Online. Líderes do setor de tecnologia se reuniram para discutir as oportunidades e desafios trazidos pela IA para a produtividade dos desenvolvedores e a inovação no mercado. O encontro contou com a presença de Márcio William, CEO da Remessa Online, e outros nomes importantes, como Eduardo Küpper, sócio-fundador da Airborne Ventures, Thiago Santos, CTO da Doutor-AI, e Vinicius Gracia, Head de Segurança e Dados da Remessa Online.
A IA como aceleradora de produtividade
Durante a abertura, Márcio William enfatizou como a IA está revolucionando o desenvolvimento de software. Ele citou sua experiência recente com ferramentas como o Copilot, da Microsoft, que ajudaram a acelerar significativamente os ciclos de desenvolvimento em projetos complexos. “Com a IA, conseguimos impulsionar nossa produtividade de forma nunca antes vista. Em um mercado que exige agilidade e eficiência, isso é crucial”, afirmou William, destacando o papel da IA em otimizar processos e facilitar a entrega de soluções mais rápidas.
A era da robotização inteligente
Eduardo Küpper, por sua vez, abordou a chamada “era da robotização inteligente“, na qual a IA se torna cada vez mais uma parte essencial do ecossistema de desenvolvimento. Para Küpper, os desenvolvedores são os primeiros a sentir os benefícios diretos da IA, como aumento da produtividade e ganho de eficiência, fatores fundamentais para a competitividade do Brasil no mercado global de tecnologia. “A inteligência artificial está impactando profundamente o trabalho dos desenvolvedores e é vital discutirmos suas implicações para o futuro das nossas profissões e empresas”, ressaltou.
Desafios na qualidade do código e a importância da supervisão humana
Um dos pontos centrais do debate foi a preocupação com a qualidade do código gerado por IA. Vinicius Gracia destacou que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa, é fundamental que haja supervisão humana para garantir que o código gerado atenda aos padrões de segurança e qualidade. “A IA precisa de um olhar atento, principalmente em questões de segurança e privacidade. O uso sem a devida aprovação da área de segurança pode gerar vulnerabilidades que comprometam toda a infraestrutura”, alertou Gracia, destacando a necessidade de políticas rigorosas para garantir o uso adequado das ferramentas.
Adaptação das equipes à nova realidade
Thiago Santos, CTO da Doutor-AI, também trouxe à tona a necessidade de adaptação das equipes de tecnologia à nova realidade trazida pela IA. “Estamos criando uma cultura de inovação que visa não apenas melhorar a eficiência, mas também integrar sistemas legados com novas tecnologias. Essa integração é a chave para garantir a continuidade e o sucesso no futuro”, comentou Santos.
A Cultura organizacional como base para inovação
Márcio William concluiu a conversa destacando a importância de as empresas cultivarem uma cultura que prepare as equipes para lidar com as mudanças trazidas pela IA. “A IA não deve ser vista apenas como uma ferramenta, mas como uma oportunidade de potencializar o que já existe. Precisamos criar uma mentalidade de aprendizado contínuo dentro das equipes de tecnologia, para que possamos inovar de forma sustentável”, afirmou William. Ele também ressaltou que o investimento na formação de desenvolvedores que compreendam tanto as nuances da programação quanto as possibilidades oferecidas pela IA é essencial para o crescimento a longo prazo.
O futuro da programação
O evento proporcionou uma visão abrangente dos desafios e das oportunidades que a IA oferece à indústria de software. Embora a inteligência artificial tenha o potencial de acelerar os processos e aumentar a produtividade, os especialistas enfatizaram que o sucesso futuro depende da capacidade dos desenvolvedores e das empresas de integrar a IA de forma estratégica e consciente, sem comprometer a qualidade, segurança e privacidade dos sistemas.
Ao final, o consenso foi claro: o futuro da programação não está apenas nas mãos da IA, mas sim na capacidade dos profissionais de se adaptarem às novas realidades tecnológicas e de continuarem a evoluir, aprendendo continuamente e explorando o potencial das ferramentas emergentes.