Pesquisa revela aumento de mulheres investidoras no mercado imobiliário

Em meio a ascensão do mercado imobiliário, a presença feminina ganha destaque. Segundo um levantamento interno realizado pela incorporadora Capital Concreto, as mulheres correspondiam a apenas 12% das investidoras em cotas de empreendimentos liderados pela companhia até julho deste ano. Em agosto, o número subiu para 44% com a ativação do projeto R.496, a primeira incorporação imobiliária 100% desenvolvida por mulheres.

Andressa Spenciere, Mariana Menezes, Lisa Dossi, Juliê de Mattos, Juliana Ambrosio e Sophia Martins, sócias no empreendimento R.496

Esse dado reflete a crescente participação feminina no mercado. Mulheres estão ocupando cada vez mais cargos de liderança segundo o IBGE. Em 2022, o percentual de empreendedoras em relação ao total de negócios chegou a 34% no país e representa mais de 10 milhões de mulheres empresárias. Neste mesmo período, as mulheres foram responsáveis por 62% das buscas por imóveis para compra e locação, revela o DataZap+, principal fonte de inteligência imobiliária do país.

Mariana Menezes

“O R.496 demonstra que, quando as mulheres lideram o investimento imobiliário, elas não só atraem outras para o setor, mas estabelecem um ambiente de negócios mais inclusivo”, completa a co-founder da Capital Concreto, Mariana Menezes. O cenário torna-se ainda mais positivo, visto que o setor imobiliário apresenta o melhor resultado em comparação aos últimos 15 anos. No país, o segmento deve seguir com preços elevados, o que torna o cenário ainda mais atrativo para quem busca investir.

Por outro lado, Mariana também destaca um projeto futuro de fomentar a participação de mulheres à frente de obras. “Queremos mulheres carregando tijolo no canteiro de obras. É essencial trazer mulheres para a mão de obra, inverter a pirâmide. Já temos mulheres em lideranças no mercado, agora queremos ganhar espaço na base”.

A idealizadora destaca que o projeto também visa a regularização de empregos no mercado e a ascensão de mulheres sem projeção de carreira. “A missão principal é gerar empregos formais para mulheres em situação de vulnerabilidade. E além disso, mostrar a margem de crescimento profissional que a construção civil pode trazer”.


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