Primeiro estudo genético de laboratório feito no Brasil revela a história e a ancestralidade do povo brasileiro

A Genera, primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, fundada em 2010, lança o primeiro estudo do perfil do DNA do Brasileiro, com abrangência em todas as regiões e com base no seu banco de dados de mais de 200 mil DNAs analisados.

O estudo foi realizado respeitando todas as diretrizes e políticas de privacidade de LGPD e, portanto, todos os dados apresentados são representativos e indicados em porcentagem, a fim de proteger dados sensíveis dos clientes,

Graças ao avanço tecnológico e científico dos testes genéticos, o estudo traz dados e análises claras e assertivas sobre as origens e a ancestralidade genética do povo brasileiro, com detalhamento de regiões e comparativos com outros países como Argentina e Uruguai.

Destaques

Os perfis de DNA do Brasil, Argentina e Uruguai são similares?

Um dos destaques é a comparação entre a composição genética da população do Brasil, Argentina (1500 pessoas) e Uruguai (1400 pessoas).

  • O Brasil possui uma incidência maior de ancestralidade africana o que corresponde a 10,95% da amostragem dos brasileiros, em comparação a 1,13% da Argentina e 1,94% do Uruguai.
  • Já a ancestralidade das Américas (povos nativos das Américas), é mais preponderante na Argentina, com 12,59%, seguida de Uruguai (6,73%) e Brasil (6,56%),

Brasil: um país de diversidade étnica e alta miscigenação

  • A ancestralidade média dos brasileiros é composta por 72% da Europa, enquanto a África corresponde a 11% e a América a 6,5%.
  • Já o Oriente Médio equivale a 5,48% e a Ásia a 2%.
  • Importante destacar, também, que o brasileiro possui, em média, 2,7% de ancestralidade judaica.

    Entre os 72% de ancestralidade europeia:

28% correspondem à Ibéria (península que compreende Portugal e

Espanha), .

21% à Europa Ocidental 

11% à Itália. 

. Outras regiões da Europa também estão presentes no DNA do brasileiro,

como a 3% dos Bálcãs, 3% da Europa Oriental e 2% da Sardenha.

  • Entre a ancestralidade africana

. 3,8% de Costa da Mina, região do Golfo da Guiné que compreende os atuais países Gana, Togo, Benin e Nigéria e recebe esse nome devido ao forte de São Jorge da Mina, erguido na região no final do século XV. sendo uma das principais rotas da escravidão;

. 3,4% de África Ocidental (Camarões, Gabão, República do Congo, Angola, Guiné Equatorial e trechos da Namíbia, África do Sul, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como o arquipélago São Tomé e Príncipe)

. 1,5% de África Oriental, banhada pelo Oceano Índico e composta pelos países Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Suazilândia e parte da África do Sul.

  • Ancestralidade Américas

. A Amazônia representa 2,8%,

1,77% dos povos da América Andina (países que cortam a cordilheira dos Andes – Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela)

0,6% dos povos tupis.

  • 5,5% da ancestralidade mapeada provem do Oriente Médio. 3,8% indica a região de Magrebe (Marrocos, Argélia e Tunísia).
  • A Ásia concebe 2% de ancestralidade para o DNA do Brasileiro, sendo 1,8% do Japão e Coréia. China fica em segundo lugar, com 0,09%.
  • Já os povos judeus representam 2,7% da ancestralidade média do brasileiro.

ESTUDO COMPLETO

DNA do Brasileiro: Como a genética conta nossa história?

Apresentado por: GENERA (P&D e Marketing)

A partir da comparação entre a composição genética de populações do Brasil, Argentina e Uruguai, foi possível avaliar a relação entre o perfil genético, ancestralidade e particularidades histórico-sociais desses três países da América Latina, bem como as semelhanças e diferenças entre eles.

Ancestralidades da América Latina

Foi mapeado o DNA de populações do Brasil, Argentina e Uruguai, e traçadas suas particularidades, incidência populacional por região e grupos genéticos. Os dados revelam a predominância sócio-histórico-cultural dos três países da América Latina.

Nota-se, por exemplo, uma incidência maior de ancestralidade africana no Brasil, o que corresponde a 10,95% da amostragem dos brasileiros, em comparação a 1,13% da Argentina e 1,94% do Uruguai.

O mesmo acontece com a ancestralidade das Américas, preponderante na Argentina, com 12,59% de incidência dos povos originários das Américas, seguida de Uruguai (6,73%) e Brasil (6,56%).

A Oceania é o continente menos representativo na ancestralidade dos três países, o que também é justificado pelos movimentos migratórios.

Brasil: um país de diversidade étnica

A ancestralidade média dos brasileiros é composta por 72% da Europa, enquanto a África corresponde a 11% e a América a 6,5%. Já o Oriente Médio equivale a 5,48% e a Ásia a 2%. É importante destacar, também, que o brasileiro possui, em média, 2,7% de ancestralidade judaica.

Mas em que regiões essas porcentagens estão localizadas? 

Nos 72% de ancestralidade europeia, 28% correspondem à Ibéria (península que compreende Portugal e Espanha), 21% à Europa Ocidental e 11% à Itália. Outras regiões da Europa também estão presentes no DNA do brasileiro, como a 3% dos Bálcãs, 3% da Europa Oriental e 2% da Sardenha.

As regiões que mais integram a ancestralidade africana são:

3,8% de Costa da Mina, região do Golfo da Guiné que compreende os atuais países Gana, Togo, Benin e Nigéria e recebe esse nome devido ao forte de São Jorge da Mina, erguido na região no final do século XV. sendo uma das principais rotas da escravidão;

3,4% de África Ocidental (Camarões, Gabão, República do Congo, Angola, Guiné Equatorial e trechos da Namíbia, África do Sul, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como o arquipélago São Tomé e Príncipe)

1,5% de África Oriental, banhada pelo Oceano Índico e composta pelos países Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Suazilândia e parte da África do Sul

Em relação aos povos originários das Américas, tem 6,5% de informações mapeadas na ancestralidade brasileira. A Amazônia representa 2,8%, seguida de 1,77% dos povos da América Andina (países que cortam a cordilheira dos Andes – Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela), e 0,6% dos povos tupis.

5,5% da ancestralidade mapeada provem do Oriente Médio. 3,8% indica a região de Magrebe (Marrocos, Argélia e Tunísia).

A Ásia concebe 2% de ancestralidade para o DNA do Brasileiro, sendo 1,8% do Japão e Coréia. China fica em segundo lugar, com 0,09%.

Já os povos judeus representam 2,7% da ancestralidade média do brasileiro.

Essa distribuição média de ancestralidades entre os brasileiros é bastante próxima ao analisar individualmente cada região do país. Contudo, algumas particularidades interessantes podem ser observadas em cada região, de modo que correspondem a seus aspectos sócio-histórico-culturais.

HIGHLIGHTS

1 – Nordeste – Berço da população africana no Brasil

Ao verificar a ancestralidade africana no Brasil e comparar os estados que mais possuem essa ascendência em sua população, destacam-se Bahia, com 23% (de uma amostra de 3.258 pessoas testadas), Sergipe, com 16,9%, (556 pessoas testadas) e Maranhão, com 15,9% (587 pessoas testadas).

Em relação às maiores populações que descendem do Oriente Médio, destacam-se os estados da Paraíba, com 6,6% – amostra de 967 pessoas testadas -, Pernambuco, com 6,5% — amostra de 2.129 pessoas testadas -, e Rio Grande do Norte, com 6,4% – amostra de 980 pessoas testadas.

2 – Norte — Representatividade da população originária das Américas

Os cinco estados da Região Norte possuem a população com maior ancestralidade advinda dos povos originários das Américas. Amapá possui 28% de ancestralidade média das Américas, seguido de Amazonas, com 22%, Pará, 19%, Roraima, 17,5%, e Acre, com 16%.

Nesta análise, é importante ressaltar que o teste genético é feito, majoritariamente, por populações urbanas, o que dificulta na amostragem de povos tradicionais. Fatores culturais e religiosos são considerados e respeitados.

3 – Europa no Brasil, do Oiapoque ao Chuí! 

Na ancestralidade média do brasileiro, a Europa se destaca em todas as regiões e estados brasileiros. Contudo, é mais preponderante em influência na região Sul do país, com 80,7%.

Santa Catarina se sobressai em ancestralidade global, com cerca de 83% da amostra do estado com ascendência europeia. Já Rio Grande do Sul fica em segundo lugar, com 82% da população testada tendo essa ancestralidade.

Ancestralidade Média por região do Brasil

Região

Europa

Oriente Médio

América

África

Judaica

Ásia

N total

Centro-Oeste

70,54%

5,87%

7,87%

11,89%

2,40%

1,43%

10.000

Nordeste

66,56%

6,21%

8,26%

16,04%

2,39%

0,53%

11.000

Norte

60,77%

5,51%

18,12%

12,44%

2,09%

1,06%

2.000

Sudeste

70,80%

5,73%

5,93%

11,88%

2,95%

2,71%

72.000

Sul

80,73%

3,88%

6,21%

5,29%

2,39%

1,50%

21.000

* Oceania não apresenta dados significativos na amostragem

Ancestralidade Média por estados do Brasil

Estado

Europa

Oriente Médio

Américas

África

Judaica

Ásia

AC

60,15%

5,31%

16,07%

14,79%

1,93%

1,74%

AL

66,74%

6,21%

8,71%

15,43%

2,48%

0,44%

AM

57,70%

5,71%

22,18%

11,04%

2,23%

1,14%

AP

50,91%

4,73%

28,17%

14,39%

1,58%

0,21%

BA

62,98%

5,78%

5,45%

23,05%

2,20%

0,54%

CE

69,14%

6,43%

11,17%

10,15%

2,51%

0,60%

DF

70,22%

6,00%

7,48%

12,48%

2,45%

1,37%

ES

73,32%

5,09%

5,56%

13,28%

2,20%

0,55%

GO

71,18%

6,30%

7,27%

12,00%

2,35%

0,89%

MA

61,45%

5,61%

14,32%

15,96%

2,17%

0,50%

MG

72,42%

6,40%

4,61%

13,67%

2,35%

0,55%

MS

70,21%

5,28%

10,26%

8,94%

2,42%

2,89%

MT

71,29%

4,83%

8,92%

11,31%

2,20%

1,45%

PA

59,94%

5,63%

19,41%

11,95%

2,14%

0,94%

PB

70,60%

6,61%

8,44%

11,46%

2,40%

0,49%

PE

68,00%

6,56%

7,76%

14,57%

2,56%

0,55%

PI

65,37%

6,17%

11,82%

14,18%

2,19%

0,26%

PR

77,38%

4,11%

7,13%

6,24%

2,51%

2,63%

RJ

70,00%

6,13%

5,60%

14,59%

2,99%

0,69%

RN

69,15%

6,45%

9,34%

11,85%

2,66%

0,55%

RO

67,75%

5,10%

12,37%

12,03%

2,08%

0,66%

RR

62,88%

5,38%

17,51%

11,14%

1,96%

1,13%

RS

82,74%

3,66%

5,89%

4,84%

2,39%

0,48%

SC

83,15%

3,80%

5,29%

4,49%

2,22%

1,05%

SE

68,04%

6,21%

6,11%

16,90%

2,18%

0,57%

SP

70,61%

5,53%

6,26%

10,88%

3,07%

3,64%

TO

65,63%

5,70%

9,94%

15,06%

2,07%

1,61%

*Oceania não obteve dados significativos na amostragem

**O número amostral é segredo comercial

Linhagem Paterna

Com a análise da linhagem paterna do brasileiro, é possível perceber a concentração de mais de 80% de haplogrupos comuns na Europa, o que é possível devido principalmente às migrações e colonizações. Em seguida, tem-se cerca de 15% de características comuns na África, 3% na América e Ásia, e 0,4% representativo.

  • Duas razões pelas quais a linhagem Y (paterna) possui essas características:
    • Durante o processo de colonização e migração, devido ao sistema patriarcal, os homens herdavam as terras e, por isso, mantinham-se como chefes do território, que influencia em maior herança genética;
    • Cromossomos Y possuem mais curacia em leitura e detalhamento de dados.

 

Linhagem Materna Ao analisar a linhagem materna, é possível destacar a frequência e ocorrência de grupos diversos:

  • Nota-se que a Região Sul concentra a maior frequência de provenientes da Europa, como 55%. Segue-se o Sudeste (35%) e Centro-Oeste (27%).
  • A região Sudeste se equilibra em três regiões, 35% da Europa, 31% da América e Ásia, e 27% da África. 4% correspondem a outras linhagens mapeadas.
  • A região Centro-Oeste mantém esse equilíbrio entre linhagens, porém com uma distribuição mais regional, que compreende 37% de características provenientes das Américas e Ásia, 31% da África e 27% da Europa.
  • Na região Norte, é possível notar que a ocorrência de linhagens provenientes das Américas, Ásia e Europa é superior, correspondendo a 51%, seguidas de África, com 40%. Esse dado compreende a volumetria de povos originários presentes nessa região.
  • Nessa mesma equivalência está o Nordeste, região que concentra o maior número de descendentes de linhagem africana, o que corresponde a 40%. Seguem-se América e Ásia, com 35%, e Europa, com 21%.

 

Apresentamos Echo Buds. Fones de ouvido sem fio com Alexa

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.