O LG G7 ThinQ foi lançado aqui no Brasil no início do segundo semestre de 2018, porém apenas agora em fevereiro recebi o aparelho para testes. Confesso que estava ansioso por este teste, por conta das excelentes experiências que já tive com a linha G, que admiro muito. Inclusive, um dos meus smartphones é um LG G4, além de ter também um LG G3, fora de uso por conta de uma tela quebrada. O G4 está totalmente funcional e ainda oferece um bom desempenho, com exceção da bateria, que já não é mais a mesma depois de quase 4 anos.
Assim, fiquei muito animado por poder testar a sétima geração desta linha, hoje uma das linhas premium, ao lado da linha V. Confira na análise abaixo minhas impressões completas sobre as principais features do LG G7 ThinQ, de forma que espero que ajude a esclarecer para cada leitor se este produto vale a pena.
Design
Falar do design do LG G7 ThinQ é complicado. O aparelho não é feio, de forma alguma, porém, vimos com o tempo a LG deixando de lado uma posição de inovação em termos de design para se adequar aos padrões que foram sendo impostos pela indústria. Uma estratégia comercial, mas tenho minhas dúvidas quanto a ser o melhor.
Falei acima, por exemplo, do LG G4, um aparelho que não só possuía um visual que chamava a atenção, se destacando entre outros, como foi lançado com opções de modelos com traseira em couro, numa tentativa ousada de alcançar um segmento ainda mais premium, e que se destacava entre outros. Outra coisa que se destacava, e da qual eu sinceramente sinto falta, é o smart button, aquele botão na traseira, abaixo da câmera, que colocava num mesmo conjunto traseiro o botão Power e os botões de volume. Isso só pra citar alguns exemplos.
Interessante notar que mesmo uma das coisas que chamaram a atenção na época do lançamento do LG G7, hoje, poucos meses depois, já nem é mais novidade. Estou falando do notch, o entelhe que tantos aparelhos lançados posteriormente também adotaram.
Aqui cabe, porém, falar de uma importante sacada da LG, que foi oferecer a possibilidade de esconder o entalhe, aliás, esconder não, camuflar, adicionando barras pretas ao redor dele, ou até mesmo outros efeitos, como cinza e até degradê colorido.
Outra novidade que a empresa tenta emplacar é o botão dedicado para o Google Assistente, localizado na lateral esquerda, bem no estilo Bixby da Samsung. A ideia é boa, apesar do uso do comando de voz ser mais prático, ainda mais considerando que só é possível usar o botão se a tela estiver desbloqueada, diferente dos comandos de voz.
Pressionando o botão uma vez ativamos o Google Assistente, quando seguramos o botão podemos falar de forma continua com o Assistente, e se tocarmos duas vezes no botão acionamos o Google Lens, recurso que nos permite copiar textos, pesquisar produtos, ler códigos ou identificar objetos, plantas e animais através da câmera do aparelho. Uma boa ideia seria se a LG oferecesse a possibilidade de configurar o botão para outra função, o que, de acordo com informações da própria empresa, pode ser considerado no futuro.
Como eu disse acima, a LG tem se entregado aos principais padrões da indústria mobile, o que não necessariamente é ruim, como é o caso do Sensor de Impressão de Digitais na traseira e o botão Power na lateral esquerda, diferente do que vinha adotando até então.
Já em relação ao funcionamento do recurso de segurança, não há muito o que falar, até porque, se mesmo nos smartphones mais populares o funcionamento está cada vez melhor, não poderíamos esperar menos de um produto premium, onde funciona muito bem, assim como o Reconhecimento Facial, cada vez mais rápido para reconhecer um rosto e desbloquear a tela.
O LG G7 ThinQ possui como dimensões 153,2 x 71,9 x 7,9 mm, ou seja, é um aparelho grande, o que de longe significa que é incomodo, mesmo ostentando uma tela 6,1 polegadas. Aliás, bom perceber que as marcas parecem ter parado com a corrida maluca de fazer smartphones cada vez mais finos e leves, como se fosse isso que os usuários realmente quisessem. E por falar em peso, o G7 ThinQ pesa apenas 162 gramas, sendo bem leve e oferecendo excelente pegada, ficando bem seguro, mesmo para o uso com uma mão.
Na parte inferior do produto, outro padrão adotado, o conector USB tipo C, além da saída de áudio e do conector P2 para fone de ouvido, e como eu disse acima, ainda bem que as empresas pararam com a corrida maluca de deixar os smartphones cada vez mais finos ao custo de recursos básicos, como o conector P2. Tá certo que cada vez mais usamos fones Bluetooth, sendo que meus três fones de ouvidos principais são sem fio, mas tenho um com fio que adoro e muitas vezes quero usar ele, pelos mais diversos motivos, e era decepcionante pegar um smartphone sem a entrada para conecta-lo.
Na traseira temos as câmeras alinhadas verticalmente, com o flash LED ao lado e o sensor de impressão digital abaixo. Mais ao centro temos o logo do aparelho, G7 ThinQ, enquanto o logo da LG está estampado na parte inferior. A traseira é de vidro, reforçada com a Gorilla Glass 5, assim como a tela, conferindo mais resistência ao produto, que ainda conta com a resistência á água e poeira, já destaque em lançamentos anteriores da linha G, com certificação IP 68.
A novidade aqui fica por conta da certificação militar MIL-STD 810G, que expõe o aparelho a mais de duas dezenas de testes que garantem a resistência do produto a impactos, quedas, umidades, variação de temperatura, dentre outras situações.
Tela
Com 6,1 polegadas, a tela IPS do LG G7 ThinQ possui resolução QuadHD+ de 3120 x 1440 pixel, o que resulta numa densidade de 564 ppi, com proporção 19,5:9, a famosa FullVision da LG e uma qualidade incrível, como já e de praxe nos melhores aparelhos da empresa, uma verdadeira especialista em fazer telas boas, com excelente contraste, cores vividas e nítidas e com suporte a HDR10. Assistir vídeos e jogar é uma experiência muito boa na tela do G7 ThinQ.
Agora vamos falar de outra coisa que chamou a atenção quando o LG G7 ThinQ foi anunciado, sua tela super brilhante, que permite aumentar o brilho da tela em até 1.000 nits, mas com um porém, com limite de apenas 3 minutos. Até porque, com um brilho desses, a bateria, que já não é o melhor ponto deste aparelho, como falarei a seguir, não duraria nada. Ativar o recurso é simples, basta tocar num pequeno botão à esquerda do controle deslizante de brilho na barra de notificações.
Durante o lançamento do LG G7 ThinQ, a empresa destacou que reduziu o consumo de energia da tela em 30% em relação ao LG G6, considerando aqui a mesma luminosidade, 500 nits. Seria uma diferença substancial, mas a questão da bateria do G7 ThinQ é um pouco polêmica, por isso vou deixar para falar disso em logo mais.
Câmera
O LG G7 ThinQ conta com duas câmeras traseiras, uma Super Grande Angular de 16 MP, abertura f/1.9 e ângulo de visão de 107°, e uma com ângulo padrão de 71º, com 16 MP e abertura f/1.6. Não é de hoje que admiro a qualidade das câmeras da linha G e o G7 ThinQ não decepciona, principalmente em ambientes com boa iluminação, como é possível ver na galeria abaixo, com alguns exemplos de fotos tiradas com o aparelho.
Em ambientes com pouca luz ou a noite a situação muda um pouco de figura, com o resultando variando bastante.
O modo Super Brilhante, que promete tornar objetos com baixa iluminação até quatro vezes mais claros, sem ruídos ou granulação extra, ajuda, aumentando os pixels, para que absorvam mais luz, diminuindo assim a resolução, mas deixando a imagem mais clara, mas no geral, quando comparamos com resultados obtidos com concorrentes no mesmo segmento percebemos uma certa desvantagem do produto da LG.
O modo retrato do LG G7 ThinQ também funciona muito bem, adicionando um desfoque de qualidade em torno do assunto, que não corta a pessoa que está sendo fotografada, e também não notei erros de desfoque no entorno, que acaba estragando o efeito, como já percebi em outros smartphones.
Outra funcionalidade interessante é a AI Cam, recurso de inteligência artificial da câmera que analisa o assunto a ser fotografado e configura a captura de acordo com o que está sendo registrado, dentre 19 modos disponíveis, como Grupo de Pessoas, Céu Noturno, Documentos, Comida, Interior da Casa, etc. A inteligência da câmera pode até recomendar um registro utilizando um ângulo maior ou sugerir o uso do modo Super Brilhante quando o ambiente estiver muito escuro.
A ideia da AI Cam é boa, mas podia ser melhor, principalmente no tempo de identificação da imagem, que muitas vezes demora muito, me fazendo geralmente preferir o modo automático padrão, sem contar o resultado, que nem sempre é satisfatório.
Já a câmera frontal possui 8 MP, com abertura f/1.9 e ângulo de visão de 80º e uma qualidade de captura de imagem, ou seja, de selfie, muito boa, e com o modo retrato também funcionando muito bem, como é possível ver nos exemplos abaixo.
Som
Outro ponto forte do LG G7 ThinQ é sua qualidade de áudio. Pra quem utiliza fones de ouvido ou outras saídas externa de áudio, pode contar com as tecnologias Quad DAC e suporte para som DTS.X 3D, tecnologia surround similar ao Dolby Atmos.
Mas o LG G7 ThinQ se destaca mesmo pela tecnologia do alto-falante Boombox, que realmente impressiona. A sacada aqui é simples, usar o próprio corpo do aparelho como câmara de ressonância, o que resulta num som uniforme, como se o som estivesse vindo de todo o corpo, que é capaz até de fazer vibrar superfícies sólidas de madeira ou metal, o que significa que a superfície onde colocamos o smartphone interfere na qualidade do áudio, podendo até melhorar, como é o caso da madeira oca, por exemplo.
Tendo em vista que a qualidade do Boombox está diretamente ligado ao corpo do smartphone, outras situações também podem afetar, às vezes negativamente, a qualidade, como problemas da vedação IP 68 ou mesmo o uso de determinadas capas de proteção.
Sistema e Recursos
O LG G7 ThinQ ainda está na versão 8 Oreo do Android, ainda porque foi lançado na metade do ano passado, é um smartphone premium e seria de se esperar uma atenção especial em relação a atualização do sistema, sendo que concorrentes já tem atualizado até smartphones de segmento intermediários, alguns até lançados depois.
A versão 8 do Android que equipa o G7 ThinQ não é ruim, mas é uma pena pensar que um usuário que adquirir um smartphone deste porte, que apesar da grande queda de preço, ainda não é um smartphone barato, não possa contar com as inovações e melhorias da versão mais recente do sistema Google.
A interface da LG é a famosa LG UX, que alguns gostam e outros odeiam. É uma interface leve, que roda de forma fluída e adiciona algumas coisas interessantes. Pra começar, temos o clássico Knock-On, que permite bloquear ou desbloquear a tela com 2 toques, recurso que acabou sendo adotado até por outras fabricantes.
Além disso, nas últimas versões, a LG tirou a grade de aplicativos, ficando todos os ícones nas telas principais do launcher, mas há opções de configurações que podem alterar isso, dentre outras coisas, ou mesmo retornar a Home da versão UI 4.0, para os saudosistas. Lembrando que quem não gostar da interface da LG de jeito nenhum, pode simples instalar uma das muitas opções de launcher disponíveis na Play Store.
Hardware e Desempenho
O LG G7 ThinQ conta com um processador Qualcomm Snapdragon 845 e 4 GB de RAM, na época do lançamento o principal e melhor processador disponível, o que reflete no excelente desempenho do aparelho, que roda de forma rápida e fluída mesmo os aplicativos e principalmente jogos mais pesados. Testei jogos como Marvel: Future Fight, PUBG Mobile, Asphalt 9: Legends, dentre outros, todos com configurações de gráficos, resolução e desempenho no máximo, sempre que possível definir tais configurações, sem encontrar qualquer problema de lentidão ou engasgo na performance.
Em relação aos resultados de benchmark, que alguns ainda tanto fazem questão, seguem abaixo:
Além disso, o LG G7 ThinQ conta ainda com 64 GB de capacidade de armazenamento, que pode ser expandida através de uma cartão micro SD de até 2 TB.
Bateria
Confesso que chego neste ponto do review até meio chateado, pode depois de encontrar tantos pontos positivos no LG G7 ThinQ, me deparar com uma decepção justo em relação a autonomia. Sei que costumo ser sempre muito crítico neste ponto, pois eu uso muito o smartphone, assim, não é qualquer um que consegue me atender e me acompanhar durante o dia.
Mas vou compartilhar com vocês os painéis de uso de bateria, monitorados com o aplicativo 3C Battery Monitor e ferramentas internas do próprio sistema, que demonstram o consumo da bateria de 3.000 mAh do G7 em diferentes condições de uso, para que cada um tire as suas próprias conclusões, lembrando sempre que se trata de resultados com base no meu perfil de uso, podendo variar de usuário pra usuário.
Felizmente, o consumo é compensando pelo carregamento rápido, graças ao Quick Charge 4+. O aparelho ainda tem suporte a carregamento sem fio, mas neste caso o tempo de carga será muito maior.
Disponibilidade e Preço
O LG G7 ThinQ está disponível no Brasil nas cores Platinum e Black, com preços a partir de aproximadamente R$ 2.800 em lojas online confiáveis, conforme pesquisa realizada em março de 2019.
Especificações
- Cores: Preto, Platinum
- Dimensões: 153.2 x 71.9 x 7.9 mm
- Peso: 162 g
- Tela: 6.1″ (3120 x 1440); LCD Notch;
- Câmera Traseira: 16MP + 16MP; autofoco automático; QHD+ FullVision – (2880 x 1440); HDR; Flash LED
- Câmera Frontal: 8MP; autofoco automático; Virtual Flash; FHD (1920 x 1080)
- Sistema: Android 8 Oreo
- Processador: Qualcomm Snapdragon 845 Octa core (2.8GHz)
- Armazenamento: 64 GB; expansão até 2 TB via microSD
- Memória: 4 GB
- Bateria: 3.000 mAh
- Conector USB: Tipo C
- Sim Card: 2 Nano-SIM
- Rede: 2G: 850/900/1800/1900 | 3G: 850/900/1700/1800/1900/2100 | 4G: B1(2100)/B2(1900)/B3(1800)/B4(1700)/B5(850)/B7(2600)/B8(900)/B12(700)/B13(700)/B17(700)/B20(800)/B28(700)/B38(2600)/B40(2300)/B41(2600)
comprei um desse, tem um mês de uso, escorregou da minha mao, caiu no chão e trincou a tela! fiquei decepcionada. Pois tenho um G5 SE há dois anos , já levou varias quedas e eu digo quedas potentes mesmo e a tela não tem um arranhão somente umas marcas nos cantos do celular, mais a tela sempre intacta, só comprei outro pq o meu g5 tava com metade da imagem da tela paralisada enquanto a outra metade funcionava normalmente, mais tava impossível realizar alguns serviços e pela internet vi que aconteceu com varias pessoas o mesmo problema, e parece que tem haver com a placa de celular o tal problema, então quis comprar o motorola one vision, só que vi esse tal g7 thinq com varias pessoas falando bem do celular e fora a parte da resistência que dizem ser bom e mudei de ideia e comprei ele, celular de 3 mil conto, um mês de uso e na primeira queda o celular trincou a tela, pelo menos ta funcionando normalmente. 🙁