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Review do Moto G7 Power | Energia que dá gosto!

Não é de hoje que a Motorola investe na produção de versões e modelos de seus principais smartphones, não sendo diferente com a nova linha Moto G7, lançada recentemente no Brasil com 4 diferentes modelos. A empresa teve o cuidado de destacar cada modelo com um diferencial, justificando assim a existência e a opção dos usuários por modelos distintos. No caso do Moto G7 Power, por exemplo, que é o aparelho alvo desta análise, o foco, como o próprio nome indica, é a bateria, com uma capacidade de 5.000 mAh, contra 3.000 mAh dos demais modelos da linha.

Confira abaixo a análise completa do G7 Power, com todos os detalhes, principalmente as considerações a respeito de sua super bateria.

* Esses problemas provavelmente foram resolvidos na versão de 4 GB/64 GB lançada posteriormente, porém não foi a versão que eu testei.

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Design

Como já disse na análise do Moto G7, todos os modelos da linha são muito parecidos, com poucas diferenças entre eles, o que é bom, pois mantém um padrão visual para a marca, assim como a qualidade de construção, que aliás, foi muito bem trabalhada nestes lançamentos. Uma das diferenças é em relação às cores disponíveis, sendo que no caso do Moto G7 Power, inicialmente foi lançado apenas a cor Azul Navy, porém, recentemente recebeu uma nova variante na cor Lilac (Lilás), mantendo o corpo de metal e vidro, assim como no G7, o que confere uma aparência elegante ao produto, que poderia até mesmo passar por um produto da categoria premium.

Assim como o Moto G7, e também o G7 Plus, o Moto G7 Power também vem acompanhado de uma capa de proteção transparente, que embora seja uma capa básica, não deixa de ser uma boa notícia, já que hoje em dia uma das primeiras coisas que fazemos ao comprar um novo smartphone é sair correndo atrás de uma capa de proteção (e geralmente de uma película, mas por enquanto receber a capa já é uma boa).

A Motorola deixou a traseira dos novos aparelhos bem mais limpas, apenas com a tradicional moldura circular da câmera, com seu Flash LED, e o logo da empresa abaixo, com o sensor de impressões digitais, e nada mais.

O entalhe na parte superior da tela, ou seja, o famoso notch, é outra diferença entre os aparelhos, pois enquanto o Moto G7 e G7 Plus possuem um entalhe discreto no formato de uma pequena gota, os Moto G7 Play e G7 Power possuem um entalhe um pouco mais alongado, que inclui a lente da câmera frontal e uma saída de áudio. Na prática, o notch não atrapalha, não incomoda e muitas vezes nem é notado. No uso básico, pode fazer falta apenas o espaço para os ícones na barra de notificações, o que não chega a ser um problema. Já na reprodução de vídeos e jogos, no geral, o entalhe é de certa forma ocultado, com o preenchimento de barras pretas de cada lado.

Na lateral direita do produto, temos os botões Power e de volume, enquanto a bandeja para os nano SIMs e micro SD estão na lateral esquerda. O conector 3,5 mm para fones de ouvido, que já foi alvo de idas e vindas, mesmo em smartphones da Motorola, segue firme em toda a linha Moto G7, estando localizado na parte superior do G7 Power, e a entrada USB, já no padrão tipo C, que já têm sido adotado pela empresa há algum tempo, está localizada na parte inferior.


Tela

A tela LCD de 6,2 polegadas do Moto G7 Power conta com resolução HD+ de 1520 x 720 pixels, o que é outra diferença em relação ao Moto G7, que conta com tela Full HD+. Já a proporção segue a mesma, 19:9. Apesar da resolução e da baixa densidade de pixels, a qualidade não é ruim, muito pelo contrário. Não é segredo para quem me acompanha há algum tempo minha preferência pela tecnologia IPS. Apesar das alegações de que as cores não tão vibrantes quanto as telas AMOLED, eu gosto justamente por achar que são vivas, sem serem agressivas, sem todo aquele excesso de saturação. Além disso, o ângulo de visão é bem melhor também, sendo assim, podemos inclinar o smartphone e ter uma imagem boa, permitindo mostrar, por exemplo, um vídeo num grupo sem que a visibilidade fique prejudicada, independe da posição do grupo.

Uma coisa que eu acho curiosa em smartphones como o Moto G7 Power, assim como no G7 e mesmo no G7 Plus, é que apesar da resolução máxima ser Full HD+, ambos permitem a gravação de vídeo em resolução Ultra HD 4K. Isso quer dizer que você não terá proveito da qualidade de gravação na tela do próprio smartphone que o gravou, o que é ainda mais sensível no caso do G7 Power, pois só poderemos conferir a qualidade da imagem capturada num computador ou TV.


Câmera

Aqui temos outra diferença do Moto G7 Power para o G7 e o G7 Plus. Enquanto estes últimos possuem uma câmera traseira dupla, o G7 Power, assim como o G7 Play, não. No G7 Power temos uma única lente de 12 MP, com abertura f/2.0, além da câmera frontal de 8 MP, ambas apresentando um bom desempenho, desde que haja uma condição muito boa de luz, principalmente luz natural. Isso porque fotos tiradas em ambientes iluminados artificialmente apresentam um resultado bem aquém do ideal. Imaginem então em condições de pouca iluminação. Aliás, não fiquem apenas imaginando, confiram abaixo exemplos de fotografias tiradas com o Moto G7 Power em diversas condições, horários e locais, e tirem as próprias conclusões.

Todos os modelos do Moto G7 incorporam o Google Lens, que nos permite copiar textos, pesquisar produtos, ler códigos ou identificar objetos, plantas e animais através da câmera do aparelho, além de alguns recursos extra, como Cor em destaque, timelapse e YouTube ao Vivo no caso do Moto G7 Power.

Confira agora amostras da câmera frontal do Moto G7 Power. Podemos ver que fotografias à luz do dia ficam boas, mas quando se trata de selfies noturnas ou em ambientes com pouca luz a situação é bem complicada.


Sistema e Interface

Eu nem deveria citar o Android 9 Pie no Moto G7 Power como um ponto positivo, já que ao lançar e manter seus aparelhos com a versão atualizada os fabricantes não estão fazendo mais do que sua obrigação. Mas, infelizmente, não é bem assim, e ao ver empresas lançando smartphones a essa altura de 2019 ainda com Android 8 Oreo, fico feliz em ver que a Motorola se preocupou sim com isso no lançamento de toda a linha Moto G7.

Falei no review do Moto G7 e repito, o Android Pie é a melhor versão do sistema móvel do Google já lançada até hoje. Uma inteligência artificial muito presente, que vai além do Google Assistente, que por sinal, está funcionando cada vez melhor e mais integrado ao sistema. Diferenciais como a bateria adaptativa, que aprende com o nosso uso, reservando energia para os aplicativos mais utilizados, limitando os menos utilizados e otimizando o consumo do aparelho, assim como o Brilho Adaptativo. Além disso temos uma navegação mais fluída, mais ágil e com atalhos, informações e ações contextuais espalhadas por toda a interface, que torna muito mais prático o uso do smartphone, deixando ele cada vez mais Smart.

A Motorola acrescenta alguns de seus recursos exclusivos, porém no geral são funcionalidades úteis, e não aqueles bloatwares inúteis que certas fabricantes insistem em empurrar goela a baixo. A forma mais fácil de acessar e configurar todos os recursos exclusivos da Motorola é através do aplicativo Moto. Pra começar temos o Moto Ações, que permite configurar gestos e interações com toque que vão bem além do que o Android traz por padrão. Aqui podemos ativar a navegação em toque, que permite navegar utilizando um único botão, ligar a lanterna agitando o telefone, pegar para silenciar uma chamada, virar para ativar o não perturbe e, claro, o famoso e já clássico câmera instantânea, que ativa a câmera apenas com o giro do punho duas vezes.

Depois temos o Moto Tela, que apresenta apenas duas funcionalidades, mas ambas muito úteis. A primeira é a Tela Interativa, que permite interagir com notificações com a tela desligada. Já a Tela Alerta mantém a tela ativa enquanto estivermos olhando para ela, independentemente das configurações de tempo da tela.


Performance

Em relação a performance aconteceu uma coisa estranha. Em comentários que li e ouvi, muitos elogiaram a performance do Moto G7 Power, mas, por algum motivo, não foi a minha realidade durante os testes com o aparelho. E realmente me causou estranheza, pois apesar de um 1 GB a menos de memória que o Moto G7, ou seja, com 3 GB de RAM, o processador é o mesmo, Qualcomm Snapdragon 632, e pela minha experiência em testes de smartphones, a performance não deveria estar tão abaixo, mas foi o que senti.

Enquanto no Moto G7, guardadas as devidas proporções, temos um desempenho fluído, estável e sem lags, limitado apenas quando executados aplicativos e jogos mais exigentes, no G7 Power pude sentir uma limitação maior da performance, mesmo na execução de jogos leves, como Clash Royale, por exemplo. Mesmo a interface do sistema não apresentou a mesma fluidez.

Identifiquei ainda um outro problema durantes os testes, relacionado a conexão com redes, tanto móvel, mas principalmente Wi-Fi. Por várias vezes o aparelho tinha dificuldade para se conectar à redes Wi-Fi, perdendo a conexão ou ficando instável. Testei outros aparelhos nos mesmos locais, com as mesmas redes, e não encontrei problemas com eles, apenas com o G7 Power. Curiosamente um dos aparelhos que testei foi justamente o Moto G7 Play, de certa forma inferior ao Power, e não tive problemas, o que inclusive me leva a questionar se talvez o modelo testado não estivesse com problemas.

Por fim, um outro problema diz respeito a capacidade de armazenamento. Os 32 GB disponíveis pareciam nunca ser suficiente, sendo que precisei por diversas vezes excluir arquivos e aplicativos para continuar usando o aparelho. Este é um problema que a Motorola acabou resolvendo com o lançamento recente de uma nova versão do Moto G7 Power, com 64 GB de armazenamento, além de 4 GB de RAM.


Bateria

O nome G7 Power está diretamente ligado a incrível capacidade de bateria de 5.000 mAh, sendo assim o principal destaque do produto. E vou dizer, como é bom usar um smartphone sem se preocupar com bateria. É o sonho de qualquer geek. Tirar o smartphone da tomada de manhã, tirar fotos, fazer vídeos, ouvir músicas, assistir vídeos e mais vídeos, deixar o brilho da tela no máximo, Bluetooth, redes, tudo ativado, jogar muito, jogar na rua (Pokemon Go, pra ser mais exato) e na hora de dormir, ainda ter bateria, bastante bateria aliás, dependendo do dia e do uso. 1 Dia! 24 horas! Esta foi a duração média da bateria durante os meus testes. Falo isso, por que uso muito o smartphone, muito mesmo. Dependo da pessoa e do uso, este tempo pode chegar até a dobrar.

Pra não falarem que estou exagerando, confiram abaixo as screenshots do monitoramento de bateria.

Como se não bastasse tudo isso, o Moto G7 Power ainda conta com suporte ao carregamento rápido, o que é outro ponto positivo, principalmente neste caso, pois quanto maior a capacidade da bateria, mais tempo será necessário para a carga, mas com a tecnologia Turbo Power incorporada nele e o carregador de 18W que é fornecido, isso não chega a ser problema. Claro que a carga não será tão rápida quanto a do Moto G7, mas com apenas 1 hora, por exemplo, já será possível ter mais da metade da bateria carregada, o que já significa muito tempo de uso do smartphone. Mas aqui fica uma dica: Sempre use o carregador Turbo Power, porque depender de uma carregador comum, ou, pior ainda, de uma porta USB do computador, não é uma boa ideia.


Disponibilidade e Preço

Inicialmente lançado apenas com 32 GB de armazenamento e 3 GB, a Motorola anunciou posteriormente o lançamento de uma nova versão, com 64 GB e 4 GB de RAM. As cores disponíveis são Azul Navy e Lilac, esta última apenas na versão de 64 GB.

A versão de 32 GB/3 GB tem preço sugerido de R$ 1.199,00, enquanto a versão de 64 GB/4 GB está disponível por R$ 1.399,00 na loja online da Motorola.


Especificações

  • Sistema Operacional: Android 9.0, Pie
  • Cores:   Azul navy e Lilac
  • Memória (RAM): 3 GB ou 4 GB
  • Armazenamento (ROM): 32 GB e 64 GB  – suporta cartão microSD de até 512 GB
  • Tela: 6.2”, HD+ (720 x 1520)
  • Peso: 193 g
  • Bandas: 2G – GSM 850/900/1800/1900 MHz | 3G – WCDMA 850/900/1700/1900/2100 MHz | 4G – LTE B1(2100), B2(1900), B3(1800), B4(1700/2100), B5(850), B7(2600), B28(700), B66(AWS3+4)
  • Dimensões: 159.4 X 76 X 9.3 mm
  • Conectividade: USB-C, entrada de fone de ouvido de 3.5 mm
  • Câmera Traseira:  12 MP | Flash LED | f/2.0
  • Captura de vídeo: Ultra HD 4K, 30 fps
  • Câmera Frontal: 8 MP, f/2.2
  • TV Digital: Sim
  • Bluetooth: 4.2
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 632 Octa-Core 1.8 GHz
  • Bateria: 5000 mAh
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