Saiba como garantir o acesso seguro dos jovens e crianças na internet

A transformação digital trouxe novos e grandes desafios para pais, cuidadores e professores. Não apenas porque é essencial ensinar as crianças a ler e entender as informações online e a navegar na internet, mas, principalmente, por causa dos perigos existentes. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2021, somente no ano passado, 84,7% de brasileiros de 10 anos ou mais acessaram a internet. Em 2016 este percentual era de 66,1% e em 2019, 79,5%, o que mostra o crescimento do acesso à internet pelos jovens ano após ano.

Pensando nisso, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, compartilha 5 dicas para orientar responsáveis a garantirem a segurança de crianças e adolescentes na hora de navegar na internet:

1. Configurar autenticação de segurança forte. É importante explicar às crianças os motivos pelos quais elas devem usar senhas fortes e exclusivas para cada plataforma de acesso e, além disso, orientá-las a não compartilhá-las com outras pessoas, exceto seus próprios responsáveis. Afinal, mesmo quando se trata de videogames, uma credencial diferenciada protegerá o inventário de jogos de qualquer pessoa que tente roubá-lo.

Sobre a criação das senhas, várias palavras não muito longas ou complexas para memorizar são uma boa opção, junto com caracteres especiais.

2. As informações pessoais são pessoais. Enfatizar o valor dos dados para crianças pequenas pode ser um bom caminho para evitar que entreguem suas informações pessoais online e corram o risco de se tornarem vítimas de golpes.

Para isso, é necessário orientar para que nunca abram links de desconhecidos e que, se um amigo enviar algo por meio de um aplicativo de mensagens, eles devem sempre confirmar se o link foi realmente enviado pelo amigo, antes de clicar nele.

“Como parentes ou educadores é de extrema importância sempre considerarem os riscos. É muito provável que crianças e adolescentes quebrem as regras. Portanto, deixe-os saber que, mesmo se acabarem clicando em links, eles nunca devem divulgar seus nomes completos, quais escolas frequentam e seus endereços residenciais sem antes consultarem um adulto”, aponta Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET.

3. Compartilhar nem sempre é legal. Computadores e dispositivos móveis como laptops, telefones e tablets foram construídos para serem usados por usuários individuais, e não compartilhados. As crianças podem não saber disso e estarem propensas a compartilhar seus aparelhos com amigos ou até desconhecidos ao mostrar fotos, jogar pelo celular ou ver um vídeo no TikTok.

No entanto, mesmo que isso aconteça, é interessante que seja feito feito sob a supervisão de um adulto. Não apenas por uma questão de segurança para evitar que estejam expostas a conteúdos não condizentes com suas idades, mas também para proteger suas informações privadas.

4. Cuidado com estranhos. Além de dizer às crianças para não entrarem no carro de estranhos, lembre-as de que a internet é apenas um grande local público cheio deles. É importante explicar o que pode acontecer, assumindo o pior cenário, e como evitar qualquer dano.

Quanto mais informações as crianças compartilharem, maior será o dano potencial; em outras palavras, maior a probabilidade de adultos mal-intencionados serem capazes de ganhar e subverter sua confiança e amizade ou usá-las contra eles.

Outro ponto é ensinar as crianças a serem cuidadosas, não apenas com pessoas que não conhecem, mas também com pessoas que conhecem. Explique o significado de conceitos como cyberbullying e como pessoas não conhecidas podem induzi-los a compartilhar dados pessoais, fotos, vídeos ou outros conteúdos que podem resultar em intimidação, medo e possíveis danos físicos.

5. Soluções de controle de conteúdo. Outra preocupação pode vir com o tipo de site que os filhos visitam ou quanto tempo eles passam online. É aqui que a tecnologia, como softwares de controle dos pais, entra em ação, pois pode proteger as crianças de conteúdo nocivo. Esta ferramenta deve ser pensada como uma forma de cuidado, em vez de uma espécie de controle imposto e pode ser ainda mais útil com crianças mais novas.

“Navegar pela internet pode ser difícil e perigoso até para os adultos. Por isso, procure evitar criticar as crianças e adolescentes pelos sites que acabam acessando. Ao contrário, junte-se a eles, ajudando-os a instalar aplicativos e aproveitando o tempo para jogar junto. Crie as contas, compartilhe conteúdo adequado, discuta possíveis perigos e faça sua própria experiência parte da conversa para que isso se torne um assunto natural e que ao mesmo tempo, permite o desenvolvimento de uma relação de confiança com eles”, explica Daniel Barbosa.


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