Saiba mais como foi o 4º Simpósio Internacional de Segurança, que reuniu diversas autoridades brasileiras e internacionais

Mais de 3 mil pessoas acompanharam virtualmente as apresentações dos mais de 30 palestrantes presentes nos dois dias de evento físico do 4º Simpósio Internacional de Segurança, organizado pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), entre os dias 30 e 31 de agosto, em Brasília. Enquanto no ambiente virtual as apresentações aconteceram de 30 de agosto a 2 de setembro.

O simpósio reuniu diversas autoridades públicas e privadas, todas reunidos em prol da busca por soluções inovadoras e tecnológicas para melhorar a segurança pública brasileira.

Estiveram presentes o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres; o Ministro Vice-Presidente Corregedor do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o Delegado de Polícia Federal e Diretor de Tecnologia da Informação e Inovação, Alessandro Moretti; a Delegada, Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul e Presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC), Nadine Anflor; o Diretor e Vice-Presidente da Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Paulo Nicholas; a Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPDF, Renata Vianna; o Delegado de Polícia Federal e Superintendente da PF em São Paulo, Rodrigo Bartolamei; o Presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), delegado Edvandir Paiva; a Diretora Geral do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), Tânia Fogaça; o Delegado de Polícia Federal e Superintendente da PF no Espírito Santo, Eugênio Ricas; o Delegado de Polícia Federal e Chefe da Divisão de Inovação da PF (DINOV, DTI, PF), Otávio Pedro Fernandes, entre outros.

As autoridades especialistas foram divididas em oito blocos: operações integradas, sistema penitenciário, inteligência na investigação, combate ao crime organizado, tecnologia e segurança, inteligência artificial e combate ao crime, segurança pública e smart cities, tecnologia a serviço da segurança pública, além do painel com a apresentação dos vencedores do II Desafio de inovação.

Primeiro dia

Entre os convidados presentes na mesa de abertura do primeiro dia, estava o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que destacou temas como a atuação do Ministério e os investimentos que têm sido feitos em tecnologias para a segurança pública. “Na área da tecnologia, o ministério está completamente focado e concentrado nisso. Hoje temos investido em recursos tecnológicos e repassado dinheiro aos estados para que possam fazer os investimentos em tecnologias e inteligências para que as polícias possam trabalhar melhor e melhorar a segurança do cidadão brasileiro”, explicou o Ministro.

O ex-Diretor Assistente do FBI e Diretor Global de Tecnologia para o Setor Público da CHAINALYSIS, Gurvais Grigg, participou do painel de forma online tratando sobre a transformação da inteligência blockchain em processos bem-sucedidos, como um guia do investigador. O Delegado de Polícia Federal e Secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alfredo Carrijo, também participou do painel e discorreu sobre as tecnologias e operações de fronteira, “é preciso uma plataforma intuitiva para trabalhar. A consciência e mentalidade já existem, estamos no caminho certo”, se referindo ao trabalho dos investigadores.

A Diretora Geral do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), Tânia Fogaça, também participou de um dos painéis do dia, e em sua apresentação enfatizou sobre estratégias para a transformação do sistema prisional brasileiro, como a geração de vagas prisionais no Brasil, por exemplo: “O maior problema está localizado no sistema prisional masculino, com déficit de mais de mil vagas”, concluiu. Ela trouxe algumas das soluções em atividade no momento, “dentre as ações do DEPEN está a iniciativa de criar projetos arquitetônicos em conjunto com a Universidade de Brasília e entregar para todo o Brasil, assim como projetos para ressocialização com convênios da APAC, dentre outras iniciativas”, explicou.

Segundo dia

No segundo dia de evento, outras autoridades convidadas apresentaram painéis e apresentaram dados, além de abrir espaço para debate nos mais diversos temas. Entre os especialistas, participou de forma online o Advogado Gerente da Unidade de Crimes Digitais da Microsoft (EUA), Richard Boscovich para falar sobre como a Microsoft colabora com organizações policiais pelo mundo. Também passou pelo palco o Delegado de Polícia Federal e Diretor de Tecnologia da Informação e Inovação, Alessandro Moretti, que falou sobre a transversalidade da tecnologia da informação e inovação como ferramenta de enfrentamento ao crime, “esta é uma oportunidade para discutirmos esse tema de maneira um pouco mais detalhada”, destacou.

Júlio Ferreira, Secretário de Segurança Pública no DF e Delegado de Polícia Federal aproveitou a oportunidade para debater sobre o uso da tecnologia no enfrentamento à violência contra a mulher pela SSP/DF. “A maioria dos crimes de violência doméstica ocorre no ambiente familiar, assim como na maioria dos feminicídios não há ocorrências anteriores. São 128 casos registrados de feminicídio no DF entre os anos 2015 e 2021. Durante a pandemia houve uma ampliação dos canais de denúncia com o programa Mulher Mais Segura e suas ações”, explicou o Secretário Júlio Ferreira.

A mediadora do painel sobre segurança pública, Nadine Anflor, Delegada, Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul e Presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) agradeceu e lembrou a importância dos mecanismos de proteção à mulher, “é muito importante ter um homem falando sobre o tema de proteção à mulher e ver que o Secretário está preocupado em mudar a realidade de feminicídio”, concluiu.

Também no segundo dia, o Delegado de Polícia Federal e Chefe da Divisão de Inovação da PF (DINOV, DTI, PF), Otávio Pedro Fernandes, abriu espaço para falar sobre Innoganda, tecnolatria e outras armadilhas, destacando a importância dos avanços da tecnologia e reforçando que é preciso também investir na inovação social e cultural, aproximando a sociedade às forças policiais, “falar de inovação é falar de propósitos”.

Vencedores do II Desafio

No início do segundo dia de evento presencial, o painel de abertura contou com a presença da Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Renata Vianna, que elogiou a iniciativa do Simpósio em unir forças para selecionar pesquisadores “essas são soluções que muito podem ajudar o Brasil e o Distrito Federal. Esse fomento é eficaz para que mais startups surjam e ideias sejam efetivas. Vamos apoiar e devolver o investimento que o DF fez na FAP”, explicou Renata Vianna.

Os vencedores do desafio deste ano foram: Otavio Soares, Sócio-Diretor da Goledger, que apresentou a tecnologia de rastreabilidade e armazenamento de evidências e provas criminais; Regina Acutu, CEO e co-fundadora da Verifact, apresentou sua ferramenta online de captura e preservação de provas digitais onlines; e Leonardo Gandelman, Diretor do aplicativo Linha Direta, um canal de comunicação para emergência de segurança que busca agilizar e sintetizar o contato entre vítima e polícia.

Autoridades organizadoras

O Presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), delegado Edvandir Paiva, enalteceu a importância que o simpósio possui para os órgãos federais, empresas de tecnologia e para toda a sociedade brasileira. “O Simpósio é de grande importância tanto para a Polícia Federal e órgãos governamentais, quanto para a sociedade brasileira, onde propõe o debate e a difusão de informações para o aperfeiçoamento do combate ao crime organizado, além de apresentar modernas soluções tecnológicas para a segurança pública. É uma satisfação imensa e de grande responsabilidade ter um evento como este”, comentou o delegado.

Também esteve presente o Delegado da Polícia Federal e vice-presidente da ADPF e Coordenador-Geral do Simpósio, Dr. Luciano Leiro, que explicou a importância em difundir informações no aperfeiçoamento do combate ao crime com modernas soluções tecnológicas. “Estamos reunidos em um objetivo único para enfrentar a criminalidade, que é trazer o bem-estar para toda a população”. Acrescentou ainda o papel da ADPF neste contexto. “O papel da ADPF vai muito além de uma entidade de classe. Nossa defesa é também da polícia federal e de toda a segurança pública, por isso o evento funciona como um propagador de boas práticas, quebrando barreiras e apresentando soluções”.

O simpósio, em sua quarta edição, já teve um número de inscritos maior que as outras edições. Estiveram presentes 26 empresas de 9 países diferentes. Os painéis ainda poderão ser visualizados pelos participantes até dia 03 de outubro.


Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.