Com a ascensão do uso de gadgets e redes sociais, crianças e adolescentes hoje compõem grande parte dos usuários digitais no Brasil. Crescendo desde a infância com celulares, videogames e internet, eles são conhecidos também como digital natives — e a influência da tecnologia e eletrônicos pode ser facilmente notada sobre o grupo. Dados divulgados pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), na pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, mostrou que cerca de 89% da população com idade entre 9 e 17 anos está conectada à internet. Foi relatado, ainda, que o smartphone é o principal dispositivo usado para as atividades, seja através de dados móveis ou Wi-Fi.
Naturalmente, é importante encontrar maneiras para proteger os pequenos dos riscos apresentados pela web, deixando sua experiência de uso, além de agradável, segura. Sofia Páez, Gerente de Marketing da Mercusys, uma das principais fabricantes de dispositivos de rede do mundo, explica:
“A democratização do acesso às redes nos trouxe diversos questionamentos, e a segurança online está entre os principais deles. Mas por mais que tenhamos que tomar certos cuidados, a perspectiva é positiva: estamos encontrando novas formas de nos proteger de possíveis perigos e nos educando sobre o assunto. Assim, conseguimos garantir, com pequenas mudanças, a segurança de nossos filhos no ambiente digital”.
Abaixo, a executiva da Mercusys listou três maneiras de proteger crianças e adolescentes de possíveis ataques cibernéticos e conteúdos inadequados. Confira:
É possível selecionar quais redes sociais e sites serão usados pelos pequenos, de forma a apurar o conteúdo que eles consumirão de acordo com suas idades e necessidades de uso. “Plataformas de EaD, serviços de streaming e jogos, quando aprovados pelos responsáveis, são apropriados para crianças e adolescentes. As redes sociais, por outro lado, não tanto — não à toa que muitas delas contam com restrição de idade. Para garantir que os filhos não esbarrem em sites impróprios, é possível contar com a ajuda de ferramentas, aplicativos e até roteadores que contam com a função ‘Controle dos Pais’. Esta última ainda permite determinar a quantidade de horas que os jovens passarão online. É apenas importante se atentar aos limites impostos aos filhos para que eles não se sintam vigiados”, explica Páez.
É normal que, fora de casa, as pessoas escolham se conectar em redes Wi-Fi disponíveis para evitar o uso de seus dados móveis. Mas conhecer a rede em questão é essencial, alerta a executiva da Mercusys. Isso porque o Wi-Fi, quando não protegido, está suscetível à intercepção de hackers que podem receber informações pessoais como conversas, senhas e, até mesmo, localização do usuário em questão. “A maneira mais eficiente dos jovens se protegerem é orientá-los a não se conectar em redes Wi-Fi que não pareçam verídicas: isto é, aquelas abertas, sem senha ou com nomes suspeitos. É importante que eles priorizem os pontos de acesso conhecidos de suas escolas e demais ambientes que frequentam. Mas, caso seja imprescindível se conectar, deve-se evitar realizar o login em aplicativos de conversa que possam ter sua criptografia quebrada por hackers. Neste caso, é recomendável utilizar o 3G e 4G”, continua.
“Muitos negligenciam a importância de uma senha forte Wi-Fi para manter a rede em segurança, mas devemos entender que, quando escolhida corretamente, ela nos traz muitos benefícios, como o de evitar ataques cibernéticos que espalhem ameaças”, explica Páez. Essas invasões, feitos por hackers, são realizadas também para o roubo de dados através de técnicas que encaminham os usuários para sites falsos e desconhecidos. Portanto, aconselha a executiva de Mercusys, uma das maneiras mais eficiente de evitar transtornos do tipo é escolher rigorosamente a senha de sua rede sem fio: “uma boa senha — aquelas com mais de oito caracteres que misturem maiúsculas, minúsculas e números e símbolos -, tem o papel de dificultar o acesso de invasores e proteger os dispositivos conectados. Para reforçar os cuidados, ainda é recomendado alterar essa senha de tempos em tempos. Quando falamos sobre a segurança online de crianças e adolescentes, tudo que estiver ao alcance deve ser feito”, finaliza.
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