Na próxima sexta-feira (8) é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Além de usar a data para homenagear as profissionais, muitos setores aproveitam o dia para reavaliar a participação das mulheres no mercado de trabalho. No campo da tecnologia, a igualdade de gênero ainda é um desafio presente. Apesar dos avanços recentes, o mercado continua predominantemente dominado por homens. No entanto, isso não diminui o fato de que mulheres contribuem significativamente na tecnologia todos os dias.
Atuante há mais de 3 anos nesse campo da cibersegurança, Emily Souza, Analista de Segurança da Informação da Blaze Information Security, uma das principais empresas globais especializadas em segurança ofensiva, destaca que é perceptível que mudanças estão acontecendo neste cenário. “De alguns anos pra cá, muitas empresas passaram a desenvolver programas de capacitação e de contratação exclusivos para mulheres. Desde que a profissional atenda aos requisitos e esteja devidamente qualificada, as oportunidades estarão presentes e crescendo, pois o número de mulheres na área, que também influenciam outras, é cada vez maior”, avalia.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) reforçam essa tendência, registrando um aumento de 60% na participação feminina no setor de tecnologia entre 2015 e 2022. De forma similar, o Cybersecurity Workforce Research 2019, realizado pelo (ISC)², aponta que 24% da comunidade de TI é composta por mulheres, mais que o dobro em comparação a 2017. Ainda, um levantamento da HackerSec revela que o interesse de mulheres por cursos de cibersegurança triplicou nos últimos três anos.
No entanto, apesar do avanço, os desafios persistem. No Brasil, apenas 16,5% das vagas dos cursos de TI atualmente são ocupadas por mulheres, um contraste gritante com a média de participação feminina em outras áreas de estudo, que fica na casa dos 60%.
Mesmo diante desse cenário, o país apresenta diversas histórias de mulheres que conseguiram superar as adversidades para trilhar carreira na área. Este é o caso, por exemplo, da própria Emily, que chegou na Blaze há um ano, após um período em que decidiu arriscar por novos horizontes profissionais.
“Entrei na área de segurança por ‘acidente’, já que meu primeiro emprego no setor de tecnologia estava relacionado à parte de desenvolvimento de aplicações. A migração para segurança da informação ocorreu em virtude do meu interesse em mudar de empresa e progredir salarialmente”, relembra.
A analista de segurança da informação relembra do temor de iniciar o trabalho numa nova área tipicamente excludente às mulheres, e destaca a importância de ter encontrado um ambiente propício para o desenvolvimento profissional.
“Uma parte das empresas ainda é antiquada e não acredita que as mulheres estão em pé de igualdade com homens, apontando que trabalhos que envolvem raciocínio lógico/analítico não deveriam ser executados por mulheres”, pontua. “Felizmente, encontrei uma estrutura diferenciada, muito mais aberta e receptiva, que respeita o período de adaptação e me dá as condições para desenvolver o trabalho de forma igualitária”, afirma.
Apesar das dificuldades, a profissional ressalta que, com muito esforço, é cada vez mais possível fazer dar certo. “Se a profissional tem desejo de trabalhar na área de segurança, não deve desistir. É preciso estudar, praticar, praticar e praticar mais um pouco. As oportunidades são reais e, pelo nosso modelo atual de sociedade, acredito que a maior participação das mulheres seja apenas uma questão de tempo”, conclui.
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