A falta de qualidade e constância ainda é o principal gargalo da inclusão digital no Brasil. A análise é de Laerte Magalhães, CEO da iuh!, a partir da nova Pesquisa de Conectividade Significativa, divulgada pela Anatel na Futurecom. O estudo mostra que 35% da população ficou pelo menos um dia sem internet móvel no último mês por falta de franquia de dados — e entre os mais pobres (até 1 salário mínimo), 11,6% passaram mais de 15 dias desconectados.
“Estar online não é suficiente. Inclusão digital de verdade exige qualidade, constância e acesso a dispositivos adequados. Sem isso, milhões de brasileiros ficam de fora de serviços essenciais como educação, saúde, empreendedorismo e acesso ao governo digital”, afirma Magalhães.
Segundo ele, a pesquisa confirma a urgência do movimento anunciado pelo Ministério das Comunicações, que prevê novas fontes de financiamento para ampliar a conectividade significativa no país. O diagnóstico do governo estima que só em áreas rurais, rodovias e pontos turísticos o desafio de cobertura chega a R$ 40 bilhões, enquanto em letramento digital a necessidade chega a R$ 60 bilhões — contra apenas R$ 1 bilhão arrecadado anualmente pelo Fust.
Como operadora nacional, a iuh! atua para transformar acesso em inclusão real. A empresa tem como missão não apenas conectar pessoas, mas garantir internet significativa em escolas públicas e comunidades em todo o Brasil, por meio de projetos como o Internet Brasil e aprender conectado.
“Quando o Estado, o setor privado e a sociedade civil se alinham, a conectividade deixa de ser privilégio e passa a ser motor de desenvolvimento. O Brasil não precisa apenas de mais pessoas online, mas de conexões capazes de gerar inclusão real”, conclui Magalhães.

