Super Review do Samsung Galaxy S10+

O Galaxy S, o primeiro S da linha, lançado lá em 2010, foi o meu segundo smartphone Android. O sucesso foi imediato, sendo consolidado a cada lançamento. Em seguida tivemos o Galaxy S2, S3, S4 e agora, quase 10 anos depois, estamos diante de uma marca consolidada, madura e forte, que se tornou um dos principais símbolos de smartphones premium no Brasil e no mundo. E tudo isso não é à toa, pois a Samsung fez por merecer, garantindo inovações e diferenciais que destacam seus Galaxy S num mar de lançamentos.

A empresa, no início acusada de copiar concorrentes, passou a ditar tendências e estabelecer padrões para a indústria de smartphones. Desta vez não foi diferente, pois a empresa subiu o nível mais uma vez com o lançamento do Galaxy S10, ou melhor, dos Galaxy S10, pois são três modelos (quatro, se considerarmos a versão 5G, não disponível no Brasil): o Galaxy S10e, o Galaxy S10 e o Galaxy S10+, que é o mais robusto destes, que leva ao próximo nível todos os recursos, desde a tela até a câmera. Foi justamente este que eu tive a oportunidade de testar por quase 2 meses, e o resultado desta experiência vocês conferem a partir de agora, na análise abaixo.


Super Review do Samsung Galaxy S10+

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Design

A primeira impressão é a que fica e no caso do Galaxy S10+, que impressão! Não tem como não começar esta análise sem falar a respeito do design, do belo design aliás, do Galaxy S10+. É o primeiro ponto que chama a atenção de todos os que o veem. Cansei de ouvir, durante o tempo que testei o aparelho, as pessoas dizendo: “Nossa, que smartphone bonito, que lindo, que design incrível”, foram algumas das expressões. Isso pra ter uma ideia do quão impressionante é o visual desta nova linha Galaxy, o que significa que a Samsung segue fazendo um excelente trabalho, como nos lançamentos anteriores.

Desde a construção, até as novas cores prismáticas, a equipe de design da empresa teve sucesso ao criar uma verdadeira experiência visual. Aliás, como não falar sobre as cores, com tonalidades que mudam dependendo de como captam a luz, que é refletida e produz um vasto espectro de cores. O modelo que eu testei era da cor azul, e o efeito criado é realmente muito interessante e bonito. As cores não são tão vibrantes, são leves, suaves e colaboram para a elegância do produto, que não deixa dúvidas quanto a ser um smartphone premium.

O corpo do Galaxy S10+ é construído em metal e vidro, como é o caso de sua traseira, com as três câmeras alinhadas lado a lado no quarto superior. Pretendo falar sobre as câmeras abaixo, mas em termos de design, o alinhamento das lentes ficou muito bom e, mesmo com esta quantidade, não atrapalhou o visual limpo da traseira, que além das câmeras, possui apenas a marca Samsung um pouco acima do meio, bem discreta, incorporada suavemente à cor do aparelho. Já as informações sobre o produto na parte inferior estão tão discretas, que quase nem se vê.

A Samsung conseguiu reunir um conjunto de design muito bem feito, que segue pelas suas bordas laterais arredondadas e brilhantes e a distribuições dos botões, entradas e compartimentos. A gaveta para nano SIM (único, neste caso) e cartão micro SD fica na parte superior, enquanto na parte inferior temos um microfone, a saída de áudio, as entradas USB tipo C e 3,5 mm para fone de ouvido P2, que aliás, representa um certo alívio, quando vemos que as empresas desistiram, pelo menos por enquanto, de tirar esta conexão com fones de ouvido com fio a força. Sabemos que a tendência é o uso casa vez mais democrático da tecnologia sem fio para áudio, e o lançamento dos fones Galaxy Buds junto com a linha S10 comprova esta tendência, mas os acessórios com fio ainda são muito utilizados, sem contar que muitos dos melhores modelos ainda são assim.

Nas laterais temos, à direita, apenas o botão Power, enquanto à esquerda ficam os botões Volume e a tecla Bixby, um botão dedicado para acionar o assistente virtual da Samsung, que sinceramente, é muito subutilizado. Pelo menos existe a possibilidade de adicionar uma funcionalidade extra ao botão. Assim, podemos escolher, por exemplo pressionar uma vez para abrir o Bixby enquanto ao pressionar duas vezes escolhemos algum aplicativo para abrir, ou alguma comando rápido para ser executado. Segurar e pressionar a teclar, porém, sempre ativará o Bixby Voice.

O famoso Display Infinito, que com 6,4 polegadas pega a frente do aparelho de ponta a ponta, merece um destaque. Em termos de design (vou falar especificamente sobre o display mais pra frente) a Samsung conseguiu fazer um trabalho incrível com a tela, abrindo mão do entalhe superior para posicionar as lentes da câmera, que foram posicionadas discretamente no lado superior, dentro do espaço da tela. Um trabalho ousado, mas que na prática dá certo. Isso sem contar a possibilidade de usar fundos de tela que brinquem com esse visual. Além disso, as lentes frontais são emolduradas por um anel de energia de LED, que ascende em determinados momentos, criando um visual incrível. Melhor ainda é a possibilidade de configurar, através de aplicativos de terceiros, como o Energy Ring for Galaxy S10, que permite alterar a direção e até os conjuntos de cores do LED. Outros aplicativos permitem que o anel seja configurado como um LED de notificações.

Na prática, a câmera frontal está posicionado como um notch, mas no canto da barra de notificações, o que curiosamente se mostrou uma decisão acertada, pois interfere muito menos no conteúdo da tela. Mesmo quando ativamos o conteúdo em tela inteira, que faz com que as lentes acabem ficando no canto do conteúdo, o posicionamento é tão discreto que não atrapalha.

O Galaxy S10+ é um aparelho grande, com dimensões de 157.6 x 74.1 x 7.8 mm, mas que não incomoda na mão, e as bordas da tela arredondas ajudam a proporcionar uma aderência segura e confortável, além de não pesar tanto, com 175 gramas.

Mesmo sendo um smartphone construído basicamente em vidro, a Samsung garante que o mesmo é resistente, e o que destaca ainda mais este quesito é a certificação IP68, o que significa que o produto é à prova de água e poeira. É uma ótima notícia, pois significa que não há restrições quanto a se levar o S10+ para a beira da piscina, ou mesmo pra dentro dela, desde que sem exageros.


Tela

Uma imagem vale mais que mil palavras, sendo assim, a tela do Galaxy S10+ é de deixar qualquer um sem palavras. É difícil traduzir em palavras a experiência do Display Infinity-O de 6,4 polegadas, com proporção 19:9, que maximiza o espaço, aliado às bordas reduzidas, que, como eu já disse, faz com que a frente do aparelho seja basicamente tela, ampliando a qualidade no consumo de conteúdos diversos, como fotos, filmes, livros e jogos. Pra se ter uma ideia, em comparação com o Galaxy S9, a borda superior teve uma redução de mais de três vezes, parte disso graças ao remanejamento das lentes da câmera frontal, que passaram a fazer parte da tela.

A resolução pode chegar até 3040 x 1440 pixels (Quad HD+), isso porque o padrão de fábrica é 2280 x 1080 (Full HD+), mas é possível a alterações através das configurações do aparelho. Lembrando sempre que, quanto maior a resolução, maior o consumo da bateria. Assim, para quem deseja melhorar a autonomia, há a opções de diminuir a resolução, deixando-a em 1520 x 720 (HD+). A grande verdade é que a tela do Galaxy S10+ já oferece uma qualidade superior mesmo com resolução Full HD+, sendo o suficiente para a maioria dos usos cotidianos.

Com tecnologia dinâmica AMOLED e pico de luminosidade de 1200 nits, oferece um brilho intenso, muito intenso, mas que deve ser usado com parcimônia, já que a intensidade do brilho, além de ser mais agressivo aos olhos, também significa um consumo alto de bateria. A barra de controle de brilho exibe em azul qual seria o nível ideal para uso no dia a dia, permitindo também ativar o Brilho Adaptável, que ajusta o brilho automaticamente dependendo de diferentes condições.

Além disso, o Galaxy S10+ também conta com suporte a HDR10+, um padrão aberto de última geração para vídeo de alta faixa dinâmica (HDR), que de acordo com a Samsung possibilitará a obtenção de imagens de qualidade cinematográfica nos bolsos dos usuários. É uma afirmação ousada, mas a qualidade alcançada aqui não nos permite duvidar muito, pois, deixando os exageros mercadológicos de lado, a qualidade de imagem que temos com o S10+ é realmente superior em vários aspectos, com uma otimização que permite que tenhamos cores nítidas, mesmo sob luz forte do sol, além do excelente contraste entre cenas claras e escuras. Os níveis de brilho também receberam um cuidado apurado, que garantem que até os menores detalhes sejam destacados e realçados.

Agora, sem dúvida alguma, a principal inovação presente no Galaxy S10+ é o leitor de impressão digital na tela. O recurso é inovador e interessante, que funciona através da emissão de ondas ultrassônicas que mapeiam o padrão único da impressão digital, detectando os pequenos espaços entre o dedo e a tela. Tais dados são enviados de volta ao leitor e analisados pelo processador, para determinar se a impressão digital é compatível. A tecnologia por trás é realmente incrível, mas o funcionamento ainda não é o melhor. Já estamos acostumados com leitores de impressões digitais em smartphones, mesmo nos segmentos mais populares, por isso, sentimos falta da precisão neste leitor do S10+, que muitas vezes não reconhece a digital de primeira.

Uma atualização recente prometia, dentre outras coisas, resolver este problema, porém, o que senti após a atualização foi apenas uma leve melhoria. O índice de efetividade no reconhecimento realmente está melhor, mas ainda fica muito distante da qualidade que temos com os leitores tradicionais. Mas é uma tecnologia que está começando, e mesmo os leitores que temos tão difundidos hoje em dia, começaram de forma problemática também. E já que falamos sobre esta questão do desbloqueio do aparelho, o reconhecimento facial do Galaxy S10+ está perfeito, funcionando de forma precisa e rápida, o que acaba minimizando muito os problemas com o leitor de impressões digitais.

A resistência, um dos destaques do design do Galaxy S10+ também está presente na tela, que conta com a proteção Gorilla Glass 6, que o fabricante garante ser duas vezes mais durável que o Gorilla Glass 5.


Câmera

As câmeras dos smartphones top de linha da Samsung sempre deram um show, e a cada lançamento a empresa tenta se reinventar, tendo sido este inclusive o mote da campanha de lançamento do Galaxy S9: A câmera Reimaginada. Um ano depois, chegamos a 10ª edição da linha Galaxy S, com novidades, melhorias e uma câmera incrível, tanto em recursos quanto em qualidade de fotografia e vídeo.

O Galaxy S10+ conta com recursos de IA (inteligência artificial), sistema triplo de lentes, gravação de vídeo Super Steady e uma Unidade de Processamento Neural (NPU) integrada.

Logo de cara, chama a atenção a câmera tripla, aliás, se considerarmos a frontal, na verdade temos cinco câmeras no total. Antes do lançamento do Galaxy S10+, haviam muitas dúvidas a respeito da utilidade e funcionalidade das três lentes traseiras, que foram sendo sanadas aos poucos, através de explicações da própria Samsung. Mas é quando podemos experimentar pessoalmente os recursos de cada lente que vemos que há um sentindo por trás desta escolha. Smartphones com múltiplas lentes já não são novidades, mas um conjunto com três lentes num smartphone do porte do Galaxy S10 se destacou. Mas, afinal, com funcionam estas lentes? E fazem realmente algumas diferença prática no uso da câmera?

A lente que mais se destaca é a UltraWide, que com 16 MP e abertura F/2.2, possui um campo de visão de 123 graus, que emula a visão do olho humano. É possível enquadrar muito mais do cenário numa foto, que pode ser ampliado ainda mais quando usado em conjunto com o modo Panorama.

A segunda lente é uma lente wide (comum) de 12 MP e 77 graus de campo de visão, com abertura dupla e adaptação automática entre f/1.5 e f/2.4, que se ajusta de acordo com as condições de iluminação, garantindo fotos com boa qualidade, mesmo no modo automático em condições de pouca iluminação.

A última lente é uma tele (zoom) de 12 MP, que permite uma aproximação óptica de duas vezes e digital de dez vezes.

Um recurso bacana, que expande as possibilidade no modo automático, é a otimização de cena, que reconhece até 30 categorias diferentes através de um sistema de inteligência artificial. Diferente de outros smartphones que têm tentado emplacar recursos de otimização automática via IA, no Galaxy S10 deixei o recurso ativado sempre, justamente por conta do excelente funcionamento, reconhecendo os mais diferentes padrões de imagens, que podem ir desde de “Cão” até a categoria “Bebida”.

Além disso, a câmera ainda oferece sugestões de maneiras de aprimorar as fotos por meio da função Sugestão de Foto, que se baseia num banco de dados com mais de 100 milhões de fotos dos usuários para oferecer dicas úteis sobre como melhorar a composição, o posicionamento e as proporções gerais de fotos de vários objetos.

E por melhor que seja, a câmera continua sendo melhorada. Prova disso, foi a recente atualização que liberou um novo Modo Noturno, que funciona de forma automática. Basta acionar o modo, deixar o smartphone apoiado numa superfície, tripé ou segurar bem firme para que ele faça o trabalho. Excelente para ambientes com pouca iluminação, mas acaba sendo trabalhoso, não sendo o ideal para quando queremos tirar uma fotografia com agilidade. A qualidade final é aceitável, ainda mais considerando que são poucos, pouquíssimos, os smartphones que conseguem lidar com ambientes pouco iluminados.

O modo Foco Dinâmico traz algumas novidades, como a possibilidade de personalizar o desfoque com efeitos diferentes, como efeito de giro, de zoom e ponto de cor, que permite, por exemplo, descolorir todo o fundo de uma imagem, deixando apenas o assunto principal colorido.

Confira na galeria abaixo mais alguns exemplos de fotos capturadas com a câmera do Galaxy S10+:

Outro recurso interessante é o Bixby Vision, que também utiliza de inteligência para trazer informações interessantes através da câmera, como dados de monumentos, placas e até realizar traduções simultâneas. Também é possível utilizar a localização para encontrar locais de interesse ao redor. A Realidade Aumentada também é explorada na câmera, tanto com uma nova versão do Emoji AR, que conta com mais opções de personalização e a capacidade de rastrear não apenas o rosto, mas também os olhos, a língua e os movimentos do corpo, incluindo braços e pernas, quanto em recursos como o Styling, ferramenta clássica de AR, que permite visualizar e tirar fotos com diversos modelos de óculos, mas não apenas máscaras genéricas, e sim óculos reais RayBan. Outra funcionalidade é a Reprodução de Foto, que exibe o trailer de um filme quando apontamos a câmera para o cartaz do mesmo.

Há também um novo Modo Instagram, que permite publicar fotos e vídeos feitos direto da câmera na rede social, encurtando um pouco o processo para os mais apressados e viciados.

Pra quem pretende utilizar o Galaxy S10 para fazer vídeos, o Galaxy S10 pode ser uma boa opção, contando com recursos como o Super Steady, que oferece aos usuários uma melhor estabilização de vídeo. O Super Steady funciona usando a tecnologia VDIS (Video Digital Image Stabilization, estabilização de imagem digital de vídeo). De acordo com a Samsung, ele prevê os movimentos do usuário antes do início da filmagem e, uma vez que a câmera esteja em operação, calcula o intervalo de ajuste para reduzir os tremidos nos vídeos. Tudo isso resulta numa qualidade impressionante, como pude comprovar ao utilizar o aparelho para fazer vídeos em eventos e mesmo de produtos, como nos exemplos abaixo. 

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O S10+ conta também com recursos como o Modo Food (Comida), Pro (Configuração Manual), Super Slow Motion, Movimento Lento e Timelapse.

Já a câmera frontal possui 10 MP, resolução UltraHD e Dual Pixel, além de autofoco rápido e uma lente de profundidade RGB para fotografias com efeitos de desfoque.

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Sistema e Interface

Claro que um smartphone do porte do Galaxy S10+ não poderia trazer nada menos que a versão mais recente do sistema operacional móvel do Google disponível, no caso o Android 9 Pie. A versão em si já é excelente, com diversas melhorias e recursos que acrescentam inteligência, fluidez e usabilidade ao gadget. Mas a Samsung vai um pouco além, acrescentando sua própria interface, e o que antigamente era motivo de reclamação, hoje impressiona. Estou falando da One UI.

A One UI tem uma cara muito mais clean que interfaces anteriores adotadas pela Samsung, optando pelo menos e mais e focando em recursos que fazem realmente a diferença.

Um desses recursos é o Bixby Routines. O Bixby é o conhecido assistente da Samsung, que infelizmente não fala português, o que acaba limitando bastante as possibilidades de uso, porém a configurações de rotinas por contexto são totalmente em português e funcionam muito bem. Claro que isso não é novidade, sendo que o próprio Google Assistente possui tal funcionalidade, mas ter esta otimização integrada diretamente na interface acaba facilitando o seu uso, principalmente com contextos e recursos do próprio smartphone.

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Eu gosto muito da possibilidade de configurar ações com base em localização, assim utilizei o Bixby Routines para ativar automaticamente o Não Perturbar em determinados locais. Também configurei ações quando conectado a determinados aparelhos Bluetooth, que alterar volume e iniciam a reprodução automática de música.

Outra rotina interessante, que é inclusive uma das disponíveis nas recomendações, permite otimizar a bateria para que ela esteja completa pela manhã, mesmo que a gente não carregue durante a noite. Neste caso, o smartphone detecta o momento que acha que estamos dormindo e ele não está sendo carregado, e se encarrega de desativar o Bluetooth, o Always on Display, Wi-Fi e os Dados Móveis, economizando assim a carga restante da bateria.

Outro recurso, já conhecido nos aparelhos da Samsung, é a Pasta Segura, que permite guardar arquivos diversos, assim como fazer backups de aplicativos, num ambiente separado e protegido através de senha ou impressão digital.

Mobile Gamers poderão contar com um recurso interessante, que organiza todos os jogos num ambiente exclusivo, oferecendo recursos interessantes para melhorar os momentos de jogatina: O Game Launcher. O aplicativo permite organizar e visualizar num único lugar todos os jogos instalados no smartphone, e o melhor é que esta organização é automática. Ou seja, basta instalar um jogo, que ele será exibido automaticamente no Game Launcher.

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Entre os recursos disponíveis, temos um relatório detalhado sobre o tempo jogado, de acordo com as categorias, uma opção que silencia o som dos jogos e também a possibilidade de configurações priorizando o desempenho ou a economia de energia.

Durante uma partida, também é possível acessa o menu Game Tools, que oferece mais alguns recursos, como opções para desativar chamadas e notificações durante o jogo, além de facilitar a captura de imagens do jogo, inclusive permitindo a gravação das partidas.


Performance

Como era de se esperar, o Galaxy S10+ conta com configurações de hardware acima da média, o que garante um excelente desempenho na execução de qualquer aplicativo ou jogo, mesmo os mais pesados e exigentes.

O processador é um Samsung Exynos 9820 Octa-core (2×2.7 GHz Mongoose M4 & 2×2.3 GHz Cortex-A75 & 4×1.9 GHz Cortex-A55), que embora tenha sido apontado inferior ao Snapdragon que equipa os modelos em alguns outros mercados, na prática se mostra incrível, ainda mais acompanhado dos seus 8 GB de memória RAM. E se isso parece muito, imagina então que há uma versão deste mesmo aparelho com 12 GB, que é muito mais do que muito computador e notebook por aí.

Em termos de armazenamento, esta versão testada conta com 128 GB, o que não é pouco, mas caso o usuário queira mesmo ter espaço de sobra, a opção de 12 GB citada acima, conta com a incrível capacidade de 1 TB.

Hoje em dia, a melhor forma de colocar o desempenho de um smartphone como Galaxy S10+ a prova é através de jogos, sendo que alguns destes são os que mais exigem do poder de fogo de um smartphone. Alguns aplicativos, como Asphalt 9: Legends, por exemplo, até podem rodar em outros smartphones, mas não com qualidade gráfica no máximo. Dependendo do smartphone, o jogo não pode nem ser instalado, como é o caso dos mais básicos. Por outro lado, o Galaxy S10+ roda este game como uma fluidez impressionante, com todas as configurações no máximo, gráficos, resolução, sem lentidão ou quedas de FPS.

Pra quem gosta de mobile games, não dá pra negar, a experiência de jogar num smartphone como esse, considerando sua tela incrível mais sua performance, é realmente outro nível.

Outro jogo que pode ser um problema para ser executado em alguns smartphones é o famoso Fortnite, que roda tranquilamente no Galaxy S10+. A Samsung sabe e explora isso, criando inclusive skins exclusivas para os usuários de seus aparelhos top de linha, como aconteceu com o Galaxy Note 9 e agora com o Galaxy S10.

Além disso, a Samsung ainda adiciona recursos de otimização para jogos, como o Ajuste de Desempenho Inteligente, baseado em inteligência artificial, que analisa padrões de jogos para torna-los ainda mais suaves. Uma outra novidade que se destaca também é que as variantes do Galaxy S10 são os primeiros dispositivos Android a oferecer suporte a jogos de 64 bits. Isso significa menor consumo da bateria e melhor gerenciamento térmico ao jogar jogos com gráficos intensos como o Asphalt 9: Legends, Fortnite e outros títulos de 64 bits que estão para ser lançados.

Um outro problema que ocorre quando jogamos games que exigem mais do hardware também foi resolvido pela Samsung. É comum, quando usamos certos aplicativos, como câmera ou jogos pesados, por exemplo, que o smartphone esquente demais, de forma que às vezes dê até medo, de tão quente que podem ficar. A Samsung incorporou ao Galaxy S10+ um novo sistema de resfriamento de Câmara de Vapor, o que também melhora a eficiência da GPU. 


Bateria

Confesso que comecei a testar o Galaxy S10+ com um certo receio em relação à bateria, tendo vista minha experiência anterior com o Galaxy S9+. E a princípio, logo de cara, o receito se transformou em decepção.

Logo no primeiro dia de testes, levei o Galaxy S10+ para o evento de lançamento da nova linha Galaxy A. Meu desafio, durante todo o tempo que estive com ele, foi justamente fazer o máximo possível utilizando seus recursos de fotografia e vídeo. Assim, em todos os eventos em que fui, não levei câmera, apenas o smartphone e um microfone. Assim, todos as fotos e vídeos deste evento, assim como de outros, foram feitos com o Galaxy S10+, que neste ponto atendeu muito bem. O problema foi justamente a bateria.

Por conta do evento, deixei o smartphone carregando durante o dia, tirando da tomada apenas no final da tarde, quando sai para ir para o Expo Center Norte, local onde aconteceria o lançamento. Geralmente faço isso nos primeiros dias, por garantia, assim como carregar um Power Bank, justamente por ter tido problemas com testes anteriores. E ainda bem que fiz isso desta vez.

Por conta do rodízio da placa do meu carro neste dia, precisei utilizar bastante o Google Maps para encontrar um rota alternativa. Além disso, utilizei bastante a câmera do aparelho, justamente para vídeos e fotos, o que respondeu por 7% do tempo de uso total do celular, enquanto o tempo de tela foi de 3h52, um tempo que pode até ser considerado bom, se não fosse o fato de ser praticamente mais da metade do tempo total de duração da bateria, que com 6h22 de uso já estava com 3% de bateria restante.

Felizmente isso foi apenas no primeiro dia, uso inicial, realmente o uso foi intenso e o sistema de otimização de bateria ainda estava estudando formas de otimizar o uso. Assim, do dia seguinte em diante, os resultados foram um pouco melhores. Não que tenham sido excelentes, pois estamos falando de uma bateria de 4.100 mAh, que deveria ter uma autonomia melhor do que obtive na prática, mas pelo menos não fiquei na mão, mesmo em dias de uso muito mais intensos.

Confira no quadro abaixo algumas informações de consumo de bateria, que fui monitorando com o passar dos dias durantes os testes. Procurei destacar o consumo dos dois recursos que mais consomem no meu uso no dia a dia, o que pode variar de usuário pra usuário. Mas nas telas disponíveis logo depois do quadro é possível ver o consumo de outros recursos.

Data Duração da bateria % bateria restante Tempo de tela Uso de câmera
10/04 Evento Galaxy A 6h22 3% 3h52 7%
12/04 Dia comum 12h30 12% 3h34  
13/04 Bike na Paulista 12h40 11% 4h01 11 min
14/04 Workshop 10h58 18% 3h42 7%
15/04 Dia comum 14h07 6% 4h24 4%
16/04 Dia comum 14h22 8% 4h59 6%
18/04 Dia comum 16h23 10% 5h12 1%
24/04 Entrevista na Cushman & Wakefield 11h12 15% 5h12 1%

Podemos ver nas informações acima, que no dia a dia, a média da duração da bateria ficou por volta de 14 horas, considerando é claro que o meu uso costuma ser bem intenso, com o tempo de tela ficando na média de 4 horas e 30 minutos, o que é muito, ainda mais considerando que sempre deixo o brilho da tela alto, Bluetooth e Wi-Fi sempre ativados, dentre outras configurações que acabam consumindo bastante da bateria. Isso quer dizer que uma pessoa que tenha um uso mais light, certamente terá uma experiência melhor em termos de autonomia, enquanto alguém que queria explorar ainda mais dos recursos, como por exemplo, a câmera, poderá ter um consumo menor.

Outra coisa que é possível verificar no quadro é como a autonomia vai melhorando com o passar do tempo, sendo que em 1 mês de uso continuo pude sentir esta melhora de forma expressiva, sendo assim acredito que se continuasse usando o aparelho por mais tempo sentiria uma melhora ainda mais acentuada. Um dos motivos para isso é o recurso de Economia de Energia Adaptativa, aliado às otimizações recebidas no Android 9 para gerenciamento de energia baseado em inteligência artificial, que otimiza o desempenho da bateria com base no uso de aplicativos. Essa tecnologia classifica os aplicativos em cinco grupos, com base na frequência com que são usados, e regula o uso de energia para ajudá-lo a aproveitar ao máximo a bateria do seu telefone, isso porque, de acordo com os engenheiros da Samsung, de todos os aplicativos que os usuários têm em seus smartphones, apenas um pequeno número é usado todos os dias. E os que não são usados consomem bateria em segundo plano, o que realmente é um fato já bem conhecido e explorado há tempos.

Assim, Para limitar as atividades em segundo plano desses aplicativos a empresa incorporou uma tecnologia de Inteligência Artificial que organiza aplicativos em diferentes categorias, como ‘frequentemente usados’, ‘ocasionalmente usados’ e ‘raramente usados’, além de habilitar o modo de Economia de Energia Adaptativa para se ativar automaticamente, com base nos padrões de uso. Desta forma, se, por exemplo, um usuário geralmente usa seu smartphone por 30 minutos, a caminho do trabalho, o modo será ativado automaticamente, se o trajeto acabar demorando mais. E como esse modo é alimentado por Inteligência Artificial, quanto mais usado, mais preciso ele se torna, o que explica a melhora desta otimização à medida que o smartphone segue sendo utilizado com mais frequência, pois ele literalmente vai aprendendo com o nosso uso cotidiano e automaticamente se adaptando a ele.

Um ponto positivo é o carregamento rápido, tanto com fio como sem fio, já que o Galaxy S10+ conta com suporte à tecnologia Fast Wireless Charging 2.0, que de acordo com a Samsung, permite que eles carreguem até 33% mais rápido que no Galaxy S9, desde que usando uma base de carregamento compatível, como seria o caso do novo Carregador Duplo Sem Fio da Samsung.

E já que estamos falando de carregamento sem fio, outra grande sacada da Samsung foi incorporar no Galaxy S10+ a tecnologia Wireless PowerShare, que transforma o smartphone numa base de carregamento sem fio para outros dispositivos compatíveis com certificação Qi. Testei a funcionalidade com os Galaxy Buds e pude comprovar como o recurso funciona de forma simples e prática. O único ponto negativo é que o telefone acaba tendo que ficar sem uso enquanto carrega outro dispositivo, já que será necessário deixa-lo virado para baixo sobre uma mesa, como se realmente fosse uma base de carregamento sem fio. Mas a funcionalidade serve para situações urgentes, e não para uso cotidiano. Também pode ser explorado para carregar simultaneamente o S10+ e outro dispositivo compatível, permitindo assim o uso de um único cabo para isso. Claro que, para compartilhar sua carga com outro dispositivo, a bateria do Galaxy S10 deve possuir energia suficiente para o seu smartphone funcionar com eficiência, pelo menos 30%, para ser preciso.


Disponibilidade e Preços

O Galaxy S10+, assim como seus companheiros de linha, já estão à venda no Brasil. O S10+ está disponível em 3 modelos, que variam em relação a memória, capacidade de armazenamento e cores

  • 128 GB | 8 GB RAM: Preço sugerido R$ 5.499,00 | Cores: Azul, Branco e Preto
  • 512 GB | 8 GB RAM: Preço sugerido R$ 6.699,00| Cores: Ceramic black
  • 1 TB | 12 GB RAM: Preço sugerido R$ 8.999,00| Cores: Ceramic black

Já o Galaxy S10, modelo que dá nome a linha, está disponível apenas na versão 128 GB | 8 GB RAM, também nas cores Azul, Branco e Preto, com preço sugerido de R$ 4.999,00, enquanto o Galaxy S10e, modelo mais básico da linha, está disponível na versão 128 GB | 6 GB RAM, nas cores Azul, Branco, Preto e Amarelo, com preço sugerido de R$ 4.299,00.


Especificações

  • Processador: Samsung Exynos 9820 Octa-core (2×2.7 GHz Mongoose M4 & 2×2.3 GHz Cortex-A75 & 4×1.9 GHz Cortex-A55)
  • Tela: 163.5mm (6.4″ retângulo cheio) / 159.9mm (6.3″ cantos arredondados) | 3040 x 1440 (Quad HD+) | Dynamic AMOLED
  • Câmera Traseira: Wide: 12 MP, F1.5/F2.4 | Ultra Wide: 16 MP, F2.2 | Tele: 12 MP, F2.4; Foco Automático, Estabilizador Óptico de Imagem, Zoom Digital de até 10x; Gravação de Vídeos
  • UHD 4K (3840 x 2160) @60fps
  • Câmera Frontal: 10.0 MP + 8.0 MP; F1.9 , F2.2; Autofoco;
  • Memória: 8 GB
  • Armazenamento: 128 GB | Suporte ao Cartão de Memória MicroSD (Up to 512GB)
  • Wi-Fi: 802.11 a/b/g/n/ac/ax 2.4G+5GHz, HE80, MIMO, 1024-QAM
  • Bluetooth v5.0
  • Dimensões (AxLxP, mm): 157.6 x 74.1 x 7.8
  • Peso (g): 175
  • Bateria (mAh): 4100

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